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Deputadas argentinas tentam votar lei sobre aborto no Dia da Mulher

Presidente Mauricio Macri afirmou que deputados do seu partido devem votar de acordo com suas consciências

Internacional|Beatriz Sanz, do R7, com agências internacionais

Argentinas fizeram mobilização pró aborto no dia 19
Argentinas fizeram mobilização pró aborto no dia 19

Deputadas de diversas regiões argentinas estão se mobilizando para votar a realização de aborto até a 14ª semana no dia 8 de março.

As congressistas Mayra Mendoza, Mónica Macha e Lucila Masin assinaram o documento solicitando uma sessão especial no Dia Internacional da Mulher.

O governo argentino já havia deixado o caminho livre para que o assunto fosse discutido no Parlamento sem que precisasse passar por comissões especiais.

Porém, os líderes da coalizão Cambiemos (Mudemos, em tradução livre) já afirmaram que não participariam da sessão pois a decisão precisa ser tomada “passo a passo”, segundo o jornal Clarín.


O presidente Maurício Macri, que foi eleito por essa coalizão, afirmou que os deputados devem votar de acordo com suas consciências. A afirmação de Macri representa a cisão que o tema tem causado no país.

Aborto divide partidos


A presença dos copartidários de Macri é fundamental para que se consiga preencher o quórum mínimo de 129 deputados para iniciar a sessão especial.

Caso as deputadas que estão liderando esse projeto não consigam reunir os parlamentares necessários para a votação do tema, ele só poderá voltar a ser debatido no ano que vem.


O debate sobre a legalização do aborto voltou a ganhar no espaço na Argentina após uma série de protestos que aconteceu na última segunda-feira (19). As manifestantes exigiam que o serviço prestado para as mulheres fosse gratuito e seguro.

O presidente da Câmara, Emílio Monzó é um dos deputados do Cambiemos que já manifestou ser contrário à legalização do aborto. Em entrevista ao Clarín, no entanto, ele admitiu que é “impossível” não debater o tema.

Se o projeto for aprovado pela Câmara dos Deputados, a tramitação segue para o Senado, onde o tema deve enfrentar maior oposição.

Uma das grandes questões será como a ex-presidente e agora senadora Cristina Kischner votaria nesse cenário. Kischner nunca deu abertura para que o tema fosse discutido enquanto ela ocupou a Casa Rosada.

Os partidos seguem divididos em relação ao tema. O único que já informou que votará pela legalização do aborto é a Frente de Esquerda.

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