Deputado informa 'retenção' de militares por indígenas em fronteira
General José Miguel Montoya e outros 4 membros das Forças Armadas foram presos depois de ataque na divisa entre Venezuela e Brasil
Internacional|Da EFE
O deputado opositor Américo de Grazia informou neste sábado (23) que o general José Miguel Montoya, a quem responsabiliza pelo incidente ocorrido ontem que deixou dois indígenas mortos e 15 feridos no sul da Venezuela, está "retido" por membros da etnia pemón junto a outros militares.
Ainda não se sabe quantos militares no total foram retidos pelos indígenas, embora tenha sido revelado que são mais de cinco.
De Grazia, deputado pelo estado de Bolívar (sul), está na região e disse em sua conta no Twitter que o general José Miguel Montoya, "responsável" por este "ato criminoso" está "retido pelos pemóns" e que todos os militares estão "bem resguardados".
O deputado afirmou que os pemóns da comunidade Kumarakapay, onde estão retidos os militares, estão sendo ameaçados por um grupo de militares e civis "dispostos a atacar" e que o general Montoya pediu que não atuem.
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Além disso, disse que em um quartel das Forças Armadas situado na região Gran Sabana - fronteiriça com o Brasil, - próximo à comunidade pemón há 10 ônibus "com milicianos vestidos de civis, prisioneiros e 'pranes' (delinquentes perigosos), cinco caminhões com dez generais e um veículo blindado "disposto para atacar Kumarakapay".
A situação de tensão no sul da Venezuela se agravou ontem quando houve um enfrentamento entre pemóns e militares que deixou dois indígenas mortos e 15 feridos quando tentavam impedir o bloqueio da ajuda humanitária armazenada em Roraima e que o governo de Nicolás Maduro se nega a aceitar.
Doações que vêm dos Estados Unidos e de outros países estão estocadas em pontos de aprovisiono em países vizinhos à Venezuela, como a Colômbia, o Brasil e a ilha de Curaçao.