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Deputado turco que infartou após desejar 'ira de Deus' a Israel integra partido pró-Hamas

Organização política classificou terroristas de 'heróis', posiciona-se contra o Ocidente e tem agenda antissionista  

Internacional|Do R7

Terroristas do Hamas durante a libertação de reféns sequestrados no ataque de 7 de outubro
Terroristas do Hamas durante a libertação de reféns sequestrados no ataque de 7 de outubro

O deputado turco Hasan Bitmez, que infartou após ter feito um discurso em que disse que Israel 'não conseguirá escapar da ira de Deus', nesta quarta-feira (13), é filiado ao Partido Saadet (Felicidade), que tem uma agenda anti-Ocidente e antissionista.

A organização política também apoia abertamente os terroristas do Hamas e do Hezbollah, organizações que atuam na Palestina e no Líbano há anos. Esses dados constam no Centro de Informações sobre Inteligência e Terrorismo Meir Amit, de Israel.

O Saadet é o segundo principal partido islâmico da Turquia, atrás apenas do Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP), o qual o atual presidente turco, Recep Erdogan, lidera desde 2017.

A sigla nunca conquistou um número de votos expressivo nas eleições na Turquia, mas mesmo assim tem poder de influência na política do país.


Seus representantes condenam as relações militares com Israel e os EUA, não querem que o país faça parte da União Europeia e pregam uma política externa e militar de confronto para defender as nações muçulmanas.

Isma'il Haniyah, o chefe do grupo terrorista do Hamas na Faixa de Gaza
Isma'il Haniyah, o chefe do grupo terrorista do Hamas na Faixa de Gaza

Em 2006, um alto funcionário do partido classificou os terroristas do Hamas e do Hezbollah de "heróis" e declarou que são um exemplo na luta para defender seus territórios. A ONU (Organização das Nações Unidas) também foi criticada por tentar desarmar essas organizações terroristas como parte de uma "agenda enganosa".


Em janeiro de 2010, Isma'il Haniyah, o chefe do Hamas na Faixa de Gaza, reuniu-se com o representante do Partido Saadet, Temel Karamollaoglu, o que foi mais uma demonstração da relação próxima entre o partido e a organização terrorista.

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Dias após o ataque de 7 de outubro, Erdogan declarou apoio ao Hamas e se posicionou contra as ofensivas de Israel para capturar as lideranças da organização terrorista.


"O Hamas não é uma organização terrorista, é um grupo de libertação [...] que trava uma batalha para proteger as suas terras e o seu povo", afirmou o presidente da Turquia no início do conflito na região.

A fala do líder turco gerou reação do ministro das Relações Internacionais de Israel, Lior Haiat: "Israel rejeita de todo o coração as duras palavras do presidente turco sobre a organização terrorista Hamas".

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