Após 491 dias em cativeiro, os reféns israelenses Eli Sharabi, Or Levy e Ohad Ben Ami foram libertados pelo grupo terrorista Hamas neste sábado (8). As condições de saúde dos três são alarmantes, conforme relatado pelos hospitais que os receberam em Israel.A Dra. Yael Frenkel-Nir, diretora do Hospital Geral Sheba e chefe da equipe médica responsável pelo atendimento de Eli Sharabi, de 52 anos, e Or Levy, de 34, afirmou que os efeitos do longo período de cativeiro eram claramente visíveis.Ela destacou que esta é a quarta vez que o hospital recebe reféns libertados de Gaza desde o início da trégua em 19 de janeiro, sendo esta a situação mais grave até o momento.“A condição médica deles é precária, e desta vez está ainda pior”, declarou Frenkel-Nir em coletiva de imprensa. “Condições tão desumanas têm graves consequências para a saúde. Com base em nossa experiência, o cativeiro prolongado resultou em uma deterioração significativa de seu estado, e estamos profundamente e seriamente preocupados com aqueles que ainda permanecem sob o controle do Hamas.”Ohad Ben Ami, de 56 anos, apresenta um quadro nutricional severo, segundo informações do Hospital Ichilov, em Tel Aviv. O subdiretor do centro médico, Gil Fire, afirmou que, na avaliação inicial, ficou evidente que Ben Ami retornou com “perda significativa de massa corporal e um estado nutricional crítico.”O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu declarou que as “imagens chocantes” dos reféns libertados não ficarão sem resposta. O presidente israelense, Isaac Herzog, classificou a exibição dos prisioneiros pelo Hamas como “um espetáculo cínico e cruel,” que configura “um crime contra a humanidade.”A libertação dos reféns ocorreu como parte de um acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas, que incluiu a troca de 183 prisioneiros palestinos. Este foi o quinto intercâmbio desde o início da trégua.