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Dia 7: tensão em Kharkiv, a maior cidade na fronteira com a Rússia

O repórter Leandro Stoliar visita um bunker no subsolo de um edifício onde moradores podem se proteger de bombas

Internacional|Leandro Stoliar, da Record TV

O repórter Leandro Stoliar conta o que aconteceu em Kharkiv, na fronteira com a Rússia
O repórter Leandro Stoliar conta o que aconteceu em Kharkiv, na fronteira com a Rússia O repórter Leandro Stoliar conta o que aconteceu em Kharkiv, na fronteira com a Rússia

Hoje foi um dia tenso na fronteira no leste da Ucrânia, para onde vamos amanhã. A região de Donbas foi bombardeada no momento em que o ministro do Interior da Ucrânia visitava a zona de conflito. O Ministério da Defesa contou mais de 70 violações do acordo de cessar-fogo.

A porta-voz do governo ucraniano dava uma entrevista na região quando os bombardeios começaram e a equipe da parlamentar teve que sair às pressas de lá. Vários jornalistas ficaram na linha de tiros e bombas.

Mas, enquanto não chegamos à zona de conflito, vou contar o que aconteceu hoje aqui em Kharkiv.

A Ucrânia acusa a Rússia de comandar os ataques. O governo russo nega, mas o presidente Vladimir Putin acompanhou os testes com mísseis com capacidade nuclear e de defesa.

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Hriplívyi Aleksandr é ex-combatente do Exército. Nós nos conhecemos em uma tenda montada na praça em frente à sede do governo de Kharkiv onde voluntários ajudam a receber mantimentos e roupas para os militares.

Quando pergunto quem pode ter comandado esses ataques ao território ucraniano, ele diz que tem 100% de certeza de que foram os russos.

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A designer Yulia

Ali mesmo, na tenda, conhecia Yulia, uma designer ucraniana que decidiu usar o talento e a experiência para produzir mantas de camuflagem para neve — aquelas redes que os militares colocam sobre o corpo para se esconder no campo de batalha.

Yulia está orgulhosa de participar e diz que faz as mantas para ajudar os meninos que dão a vida para que gente como ela possa ter uma vida tranquila. 

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Enquanto Estados Unidos e Rússia trocam acusações e ameaças, a gente acompanha as histórias de pessoas comuns que não têm nada a ver com essa guerra e agora correm o risco de perder o poder sobre o lugar onde vivem.

O responsável pela segurança de Kharkiv, a maior cidade perto da fronteira com a Rússia, disse que está tomando medidas de prevenção.

"É difícil calcular o grau de ameaça de uma invasão", afirmou ele numa entrevista que fizemos na sede do corpo diplomático.

No meio de todo esse turbilhão, civis ucranianos participam de treinamentos com armas de guerra. O povo quer ajudar o Exército a resistir no caso de uma invasão. O exercício foi simultâneo em várias cidades.

Esconderijo antiaéreo

Em Kharkiv, visitamos um edifício residencial com um bunker no subsolo, um esconderijo antiaéreo 3 m abaixo da rua onde os moradores podem ficar juntos em salas protegidas por portas blindadas.

Pelo menos 47 edifícios têm essa estrutura, criada na época em que a Ucrânia fazia parte da antiga União Soviética.

As palavras do chefe da Defesa Civil, Orest Tolotchénko, me fizeram refletir sobre como os ucranianos lidam com as ameaças constantes de ataques: "Para ter paz, a gente precisa se preparar para a guerra".

* O repórter Leandro Stoliar e o repórter cinematográfico Luís Felipe Silveira, da Record TV, participam da cobertura do conflito na Ucrânia

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