Resumindo a Notícia
- Jornal The Washington Post revelou visita secreta do diretor da CIA a Volodmir Zelenski
- Autoridade dos EUA foi a Kiev para falar sobre a guerra da Rússia
- William Burns falou para atual momento da guerra é determinante para a Ucrânia
- Diretor da CIA não garantiu apoio futuro da Câmara dos Representantes dos EUA
Presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, durante coletiva de imprensa
Mykola Tys/EFE/EPA - 11.1.2023O diretor da CIA, William Burns, se reuniu em segredo na semana passada com o presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, para lhe repassar previsões sobre os planos da Rússia para a guerra, segundo informou nesta quinta-feira (19) o jornal The Washington Post.
De acordo com várias fontes cientes da viagem a Kiev, o que mais interessou a Zelenski e comitiva foi quanto tempo a Ucrânia pode esperar que continue a ajuda dos EUA e do Ocidente, depois que os republicanos assumiram o controle da Câmara dos Representantes e que o respaldo ao país tenha perdido apelo em parte do eleitorado americano.
O jornal relatou que Burns frisou que este é um momento-chave no campo de batalha e admitiu que chegará um momento em que será mais difícil obter fundos.
As autoridades ucranianas saíram desse encontro com a sensação de que o apoio do governo do democrata Joe Biden continua forte e que os US$ 45 bilhões de ajuda ao país aprovados pelo Congresso em dezembro do ano passado durarão “pelo menos” até julho ou agosto.
Por outro lado, Kiev está menos segura sobre a possibilidade de o Congresso aprovar outro pacote de assistência adicional, acrescentou o jornal.
O presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Kevin McCarthy, sugeriu durante a campanha eleitoral das eleições de meio de mandato em novembro do ano passado que o Partido Republicano bloquearia a ajuda enviada a Kiev pelo governo democrata porque não poderia dar um "cheque em branco" para Ucrânia.
Em visita histórica a Washington no final de dezembro, Zelenski falou como convidado de honra perante o Congresso dos EUA e afirmou naquele discurso que o dinheiro para o país não é caridade, mas "um investimento na segurança global e na democracia".