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Documentário brasileiro mostra vida de famílias afetadas pelo Daesh

Jornalista atravessou fronteira entre Turquia e Iraque para dar voz às famílias no documentário "Iraque: Relatos do Deserto"

Internacional|Do R7

Jornalista acompanhou a rotina de famílias que foram expulsas de onde moravam
Jornalista acompanhou a rotina de famílias que foram expulsas de onde moravam Jornalista acompanhou a rotina de famílias que foram expulsas de onde moravam

Os caminhos até escapar dos tiros e mísseis, prisões, enforcamentos em praça pública, abusos sexuais e outros terrores da guerra são contatos no documentário "Iraque: Relatos Deserto" por pessoas que moram em três campos para refugiados ao redor de Mossul, a metrópole devastada pela guerra contra o Daesh.

Durante a produção do curta-metragem, o jornalista Guilherme Lima acompanhou a rotina de famílias que foram expulsas de onde moravam, e que atualmente sobrevivem com a ajuda de organizações humanitárias.

Muitas crianças nasceram em campos para refugiados ou durante a fuga das famílias em meio à violência de extremistas. O medo de ser encontrado e punidos por terroristas impede muitas pessoas de contar como e porque saíram de onde moravam.

Mas, entre centenas de milhares de refugiados, um pequeno grupo desafiou as barreiras impostas pelo Daesh e decidiu contar suas experiências. Entre os depoimentos, uma mulher lembra que foi presa e julgada pelo Estado Islâmico, mas absolvida, expulsa de Mossul e separada da família. Ela detalha o que presenciou na cadeia, os traumas e como conseguiu forças para sobreviver.

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Um ex-militar da equipe de Osama Bin Laden diz que tudo o que deseja é paz. Para ele, a única preocupação é garantir um futuro sem guerra para a filha e todas as crianças iraquianas.

Um casal luta para que a infância dos sete filhos seja feliz, mesmo em uma zona de conflito considerada pela ONU como um dos locais mais perigosos do mundo.

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Estas são algumas das histórias contatas por pessoas que sobreviveram ao surgimento e à violência do Daesh e atualmente vivem em condições subumanas, em tendas sem aquecimento ideal para enfrentar o inverno ou sistema de ventilação para aliviar o calor do verão no deserto.

A ajuda humanitária está desaparecendo gradativamente, já que a guerra oficialmente acabou em julho de 2018, segundo o governo do Iraque. Quem mora nos campos para refugiados diz não saber como será a vida sem a ajuda de ongs. Não há empregos, as casas estão em ruínas e o governo admitiu não ter recursos para reconstruir as regiões atingidas pela guerra.

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A maneira encontrada para superar os limites impostos pelo conflito é garantir recursos básicos, como água e alimentação nos campos para refugiados.

O documentário "Relatos do Deserto" foi produzido em três destes campos. Um deles é o maior do Iraque e foi feito exclusivamente para abrigar a população muçulmana. São cerca de três mil famílias que dividem um terreno a céu aberto.

A segregação de pessoas por religião também existe em outros campos para refugiados, inclusive cristãos. Algumas pessoas enfrentaram o medo e o trauma para contar como foram expulsos de onde moravam e dizer como é a rotina e a dependência de recursos vindos de organizações humanitárias, cada vez mais escassos.

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