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Além da crise, argentinos citam a segurança como fator para decidir voto para presidente

Cerca de 36 milhões de eleitores vão decidir entre o ultraliberal Javier Milei e o atual ministro da Economia, Sergio Massa

Internacional|Maria Cunha*, do R7

Os candidatos à Presidência da Argentina: Javier Milei e Sergio Massa
Os candidatos à Presidência da Argentina: Javier Milei e Sergio Massa

O segundo turno da eleição presidencial na Argentina acontece neste domingo (19), quando os 35,8 milhões de eleitores comparecem às urnas para decidir o novo governante. O cargo é disputado entre o ultraliberal Javier Milei, do partido La Liberdad Avanza, e o atual ministro da Economia, o peronista Sergio Massa, do Unión por la Pátria.

A disputa entre os dois candidatos pelo mandato de quatro anos na Casa Rosada está sendo considerada a mais acirrada e polarizada desde 1983, quando o país retornou à democracia após a ditadura militar.

Para Natália Grossi, de 49 anos, a prioridade no momento é a garantia da segurança dos argentinos, o que a fará votar em Javier Milei. "Estou cansada da insegurança, de viver trabalhando e do que vivemos no dia a dia", afirmou em entrevista exclusiva ao R7

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Moradora de Rosário — a segunda cidade mais populosa da Argentina, cerca de 300 km de Buenos Aires —, ela enfatiza que a população quer "a mudança que não tivemos há anos". 


"É muito triste. Os meus filhos não podem sair à vontade na rua porque aqui em Rosário eles atiram em você por causa de um celular. Nós, argentinos, estamos muito cansados ​​desta vida triste", afirma Natália. 

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Outra moradora de Rosário, Cintia Pérez, de 48 anos, tem outra visão sobre a política atual e se decidiu pelo voto em Sergio Massa. Assim como Natália, a argentina defende uma maior preocupação com a segurança e mais do que isso: com o Poder Judiciário. 

"Se o Massa vencer, é possível que se construa um país com mais recursos sociais e justiça", ressalta ela.

No entanto, a vitória de Milei é vista por Cíntia como um problema. Para a argentina, o candidato ultraliberal não defende os interesses das minorias, o que pode contribuir para o "retrocesso de direitos e a concentração de riqueza em poucos".

A votação começou às 8h e prosseguirá até as 18h (mesmo horário em Brasília). Massa e Milei estão em empate técnico em praticamente todas as pesquisas — ora elas dão vantagem a Massa, ora a Milei.

O novo presidente assumirá o cargo em 10 de dezembro, para um mandato de quatro anos na Casa Rosada.

* Sob a supervisão de Pablo Marques

Alberto Fernández e Mauricio Macri falam com a imprensa após votar

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