ELN considera 'inaceitáveis' termos de Duque para conversas de paz
Presidente colombiano pediu que 19 reféns fossem soltos antes de reuniões serem retomadas, mas grupo afirmou que isso não era parte das negociações
Internacional|Do R7
Os rebeldes do Exército de Libertação Nacional da Colômbia (ELN) disseram nesta segunda-feira (10) que as condições impostas pelo presidente Iván Duque para a continuação das conversas de paz, entre elas que a guerrilha liberte todos os reféns, são "inaceitáveis", mas que pretendem soltar cativos mesmo assim.
Duque, que tomou posse no mês passado, disse que o grupo precisa soltar um total de 19 reféns antes de as conversas de paz iniciadas por seu antecessor serem retomadas. Em sua posse, no dia 7 de agosto, ele disse que levaria 30 dias para avaliar se continuaria ou não com as negociações, mas ainda não anunciou uma decisão final.
Leia também
Na semana passada o ELN libertou três soldados em Arauca, província do leste do país, mas se acredita que o grupo ainda detém seis membros das forças de segurança em Choco, província às margens do Pacífico, além de 10 civis.
A libertação de reféns não é uma das precondições para as conversas combinadas no início das negociações, disse o ELN, nem a concentração de forças rebeldes em uma única área, algo que Duque também cogitou várias vezes como condição para o avanço do diálogo.
"Ao não reconhecer os acordos feitos com o Estado e acrescentar, unilateralmente, condições inaceitáveis, este governo está fechando a mesa de negociação, encerrando o processo de diálogo e os esforços feitos ao longo de vários anos pelo ELN, pela sociedade, pelo governo anterior e pela comunidade internacional", disse o grupo em um comunicado publicado em seu site.
O ELN está comprometido a soltar os cativos restantes, acrescentou o comunicado, apesar do envolvimento militar que disse ter complicado a entrega de reféns.