Em Bangladesh, morte de estudante que criticou governo gera protestos

Em Bangladesh, o caso de um estudante de engenharia morto por criticar o governo nas redes sociais gerou protestos ao longo da semana. Os manifestantes foram às ruas contra a violência política em faculdades pelo país. As informações são do jornal britânico The Guardian.

Abrar Fahad, de 22 anos, foi encontrado morto nos corredores da universidade onde estudava em Dhaka na segunda-feira (7). Acredita-se que ele tenha sido atacado por alunos ligados ao BCL — união estudantil de influência ligada ao partido da primeira-ministra Sheikh Hasina.

Barkat Ullah, pai de Fahad, disse que seu filho esperava estudar um doutorado e queria servir seu país. "A administração da universidade precisa tomar medidas estritas para impedir esses incidentes", afirmou.

Estudantes das universidades de Dhaka, Chittagong e Rajshahi organizaram atos e grupos em defesa dos direitos humanos se manifestaram contra organizações como o BCL — acusado de agredir estudantes para sufocar debates importantes.

No último ano, alunos de escolas e universidades que participaram de manifestações por mais segurança nas estradas de Bangladesh foram agredidos com bastões e facas em ataques atribuídos à ala juvenil do partido de Sheikh Hasina.

Segundo o Guardian, a autópsia indica que Abrar Fahad morreu por uma grave hemorragia interna — que teria sido causada por espancamentos com objetos como bastões de críquete.

A Anistia Internacional do Sul da Ásia descreveu o assassinato como um "crime horrível que deve ser investigado imediatamente".