Em discurso no Congresso dos EUA, Zelenski faz apelo por ajuda militar e é ovacionado
Presidente ucraniano exibiu um vídeo com cenas de destruição de cidades por ataques russos e fez novo apelo para que fechem o espaço aéreo da Ucrânia
Internacional|Letícia Sepúlveda, do R7
O presidente ucraniano Volodmir Zelenski fez um discurso aos congressistas americanos nesta quarta-feira (16). Em sua fala, mais uma vez fez um apelo para a criação de uma zona de exclusão aérea no território ucraniano. Ele também pediu ajuda militar e mais sanções contra a Rússia.
"Estamos pedindo uma resposta para esse terror russo. Será que isso é muito? Pedir que a Rússia pare de aterrorizar os nossos cidadãos livres", apontou. "Eu tenho um sonho, eu tenho a necessidade de defender os nossos céus", disse em referência ao histórico discurso de Martin Luther King.
“Biden, o senhor é o líder de uma grande nação e eu desejo que seja o líder do mundo. Isso significa ser o líder da paz. (...) Hoje os EUA não estão ajudando apenas a Ucrânia, mas o mundo, para tentar manter a Justiça na história."
Zelenski afirmou que as guerras do passado fizeram com que organizações de proteção fossem criadas, "porém elas não funcionam". O presidente exibiu um vídeo em que apareceram várias cenas da destruição russa na Ucrânia.
"Os ucranianos serão livres, eles serão capazes de preservar a nossa democracia. A Rússia atentou contra nossos valores humanos básicos, contra nossa liberdade de escolha sobre o futuro." Ele completou ressaltando a preservação da democracia dos EUA e os heróis nacionais americanos. "Lembrem-se de Pearl Harbor e do 11 de setembro", disse.
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Zelenski está sendo convidado por vários países para fazer discursos sobre a situação da guerra na Ucrânia. Na última terça-feira (15), elefalou ao Parlamento do Canadá e revelou que 97 crianças ucranianas morreram desde o início do conflito.
O líder também fez um discurso ao Parlamento britânicono dia 8 de março, em que prometeu "lutar até o fim" e fez referência ao famoso discurso de Winston Churchill, na Segunda Guerra Mundial, em 1940.