Em Lviv, o voluntário brasileiro e o museu que virou bunker
Repórteres André Tal e Gilson Fredy conhecem um brasileiro que ajuda refugiados e um museu que serve de abrigo antiaéreo
Internacional|Do R7
"A gente está se aproximando da estação de trem de Lviv, acompanhando o Rodolfo. Ele é um voluntário brasileiro que já cruzou a fronteira com a Ucrânia cinco vezes nos últimos doze dias para resgatar refugiados."
"Mais uma vez ele está vindo aqui para procurar pessoas que precisam de ajuda para sair do país e ser levadas para a Polônia. Rodolfo, o que te motiva a vir até aqui buscar essas pessoas?"
"Minha maior motivação é a gratidão das pessoas. É saber que eu estou podendo fazer a diferença na vida delas, entregando um pouco de alimento e água e oferecendo algum suporte. Elas estão em situação muito vulnerável, com muito medo, sem informação. Levá-las para o conforto e a segurança na Polônia é o que faz o serviço valer a pena."
"Prédios históricos têm ajudado a proteger a população ucraniana. Este aqui tem 400 anos, com paredes reforçadas de tijolos de 4 metros de largura."
"No local, funciona um museu. Mas desde o início da guerra não há visitações, porque, quando soa a sirene, cerca de 300 pessoas se abrigam nesses corredores. O local é considerado o mais protegido da cidade de Lviv."