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Em meio a protestos, ex-presidente do Equador nega acusações de golpe

Rafael Correa rejeitou as alegações de que estaria por trás das manifestações de grupos indígenas e dos atos contra as medidas econômicas

Internacional|Da EFE

Ex-presidente do Equador, Rafael Correa
Ex-presidente do Equador, Rafael Correa

O ex-presidente do Equador Rafael Correa rejeitou nesta quarta-feira (9) as acusações de que planeja realizar um golpe com os protestos no país e pediu a convocação de novas eleições ao atual governante, Lenín Moreno, afirmando que poderia se candidatar "se for necessário".

"Se houver eleições, eu me candidatarei se for necessário. Eles me desabilitaram para ser presidente, mas de vice-presidente para baixo. Vão inventar qualquer coisa para que eu não concorra", disse em entrevista coletiva no Parlamento Europeu.

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Correa, que reside na Bélgica, frisou que durante o governo de Moreno foram abertos "sem provas" mais processos contra ele do que contra "Al Capone, Pinochet e El Chapo juntos", motivo pelo qual acredita que será preso se retornar ao país.

"Que me prendam, mas que me deixem concorrer. Querem me prender primeiro, e não deixarão concorrer", lamentou.


Sobre uma possível candidatura, o ex-mandatário disse não ter certeza "se ganharia" as eleições, mas garantiu ter "confiança no povo equatoriano".

Rafael Correa rejeitou as acusações de que estaria por trás das manifestações de grupos indígenas e dos protestos contra as medidas econômicas adotadas pelo governo, entre elas a suspensão de subsídios a combustíveis.

Por outro lado, pediu ao povo que siga "defendendo os seus direitos com firmeza, mas em paz". Segundo ele, o atual governo "busca qualquer desculpa para a repressão".

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