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Em novembro, EUA passam de 4 milhões de novos casos de covid

País mais do que dobra o número de infecções de outubro e bate recordes de aumentos diários, mortes diárias e hospitalizações, e ainda pode piorar

Internacional|Fábio Fleury, do R7

Viagens do feriado de Ação de Graças podem piorar ainda mais a situação
Viagens do feriado de Ação de Graças podem piorar ainda mais a situação

O país mais atingido do mundo pela pandemia do novo coronavírus teve um mês de novembro desastroso no que diz respeito à propagação da covid-19. Em apenas 30 dias, os EUA registraram mais de 4,4 milhões de novos casos da doença e chegaram a mais de 13,5 milhões desde março, além de 267 mil mortes.

Leia também: EUA batem recorde no número de internados com covid-19

O resultado é, de longe, a maior marca registrada no mundo. O recorde anterior, também dos EUA, foi de menos da metade, cerca de 1,9 milhões de casos, confirmados em outubro. E, com as festas de fim de ano e a chegada do inverno, essas marcas ainda podem piorar antes que a doença seja controlada.

Para se ter uma ideia, apenas três países — EUA, Índia e Brasil — tiveram mais de 4 milhões de contaminações totais confirmadas desde o início da pandemia, ao longo dos 9 meses em que a covid-19 se espalhou pelo mundo. A Rússia e a França, quarto e quinto países mais atingidos, têm cerca de 4,5 milhões somadas.

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Recordes negativos

Novembro foi um mês em que os EUA tiveram diversos recordes negativos por conta da pandemia, além dos 4,4 milhões de novos casos. No dia 4, o país passou de 100 mil casos diários pela primeira vez. Já no último dia 28, foram registrados mais de 200 mil novas infecções pelo coronavírus.

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O sistema hospitalar do país está cada vez mais próximo do colapso, com mais de 90 mil pessoas internadas por conta da covid-19. A última terça-feira, dia 24, foi o dia com mais mortes causadas pela doença desde maio, cerca de 2,2 mil.

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"Esse crescimento acelerado deve continuar e podemos ver uma velocidade ainda maior no aumento de casos por conta das aglomerações em ambientes fechados, as atividades em todo o país e pela movimentação das pessoas por conta dos feriados", disse Tom Inglesby, diretor do centro de Saúde e Segurança da Universidade Johns Hopkins, que lida diariamente com os dados da doença, em entrevista ao New York Times.

Apesar dos apelos de muitos especialistas e do presidente eleito Joe Biden, as estimativas são de que cerca de 50 milhões de norte-americanos viajaram pelo país para se reunir com suas famílias durante o Dia de Ação de Graças, principal feriado anual dos EUA, na semana passada. Além disso, lojas de diversas cidades foram tomadas por clientes em busca dos descontos da Black Friday, na sexta.

Por conta disso, as projeções das autoridades são sombrias. Pelos cálculos do departamento de Saúde do governo, o país pode ter mais de 320 mil mortos até o o fim de dezembro, principalmente porque os efeitos do feriado nas contaminações ainda não puderam ser medidos.

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