Entenda a postura da Rússia diante da crise envolvendo Venezuela e EUA
Pesquisadora Giovana Branco explica que Moscou tem adotado uma posição ‘pragmática’, mas pode oferecer asilo político a Maduro
Internacional|Do R7
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A Rússia e Belarus entraram em contato com o líder da Venezuela, Nicolás Maduro, na quinta-feira (11), e o Kremlin informou que o presidente Vladimir Putin reafirmou o apoio à política do governo de Maduro, dizendo que o venezuelano visa proteger os interesses nacionais diante da pressão externa.
Segundo Giovana Branco, doutoranda de ciência política da USP e pesquisadora de política russa, em entrevista para o Conexão Record News, a política externa norte-americana está focando cada vez mais na América Latina, como mostra a liberação de um documento oficial da Casa Branca. “É justamente aquele documento que desenha a estratégia de segurança do país e agora o nosso continente está de novo em foco, muito próximo do que foi a Doutrina Monroe no passado, que denominava justamente o objetivo de colocar a América para os americanos”, compara a pesquisadora.
Isso não significa que apenas a Venezuela será atingida, já que todos os países do continente serão afetados por conta dessa política externa dos Estados Unidos, de acordo com a especialista.
Giovana diz ainda que a posição da Rússia tem sido bastante pragmática, mas desde que começou o conflito na Ucrânia, a Rússia tem mantido uma distância maior com a Venezuela.
“A princípio a posição da Rússia tem sido bastante pragmática, mas também com algum tipo de distância com relação à Venezuela. No passado, Rússia e Venezuela foram muito mais próximas em termos políticos, por exemplo, e também em termos econômicos. Mas nesses últimos anos, desde que começa o conflito na Ucrânia, a Rússia tem abordado a Venezuela com alguma distância maior. E sobretudo agora com o governo Trump parece haver algum tipo de negociação entre os países sobre algum tipo de afastamento da Rússia do continente latino-americano em relação a Venezuela”, completa.
Ela acrescenta que reuniões oferecendo um eventual asilo político a Maduro comprovam esse lado pragmático. Para Giovana, Moscou não teria interesse em intervir na Venezuela, mas receber Maduro seria uma saída diplomática caso os EUA intervenham ainda mais na América Latina.
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