Logo R7.com
RecordPlus

Entenda como China e Venezuela influenciam diretamente as negociações entre Lula e Trump

Existência de terras raras no Brasil e receio de posicionamento a favor de Nicolás Maduro facilitam negociações sobre tarifas, analisa especialista

Internacional|Do R7

  • Google News

LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Estados Unidos e Brasil negociam acordos comerciais influenciados por questões geopolíticas.
  • A China busca controlar fornecimentos de terras raras, e o Brasil é visto como um potencial fornecedor.
  • Lula se reuniu com Trump e indicou que um acordo pode ser fechado em breve, apesar das preocupações sobre a Venezuela.
  • As partes já iniciaram negociações, que incluirão discussões sobre tarifas elevadas para produtos brasileiros.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Os Estados Unidos agem com pragmatismo durante as negociações com o Brasil devido à possibilidade de explorar terras raras em meio à guerra comercial com a China e para evitar posicionamentos em favor da Venezuela. É o que analisa o economista e doutor em relações internacionais Igor Lucena, em entrevista ao Conexão Record News.

“Um dos planos dos chineses é tentar sufocar as empresas americanas de manufatura de alta tecnologia sem essas terras raras, que são matérias-primas. Então o Brasil, como tem um grande jazido dessas terras, cobalto, níquel, o próprio nióbio, é visto como um possível fornecedor”, destaca.


Após a reunião com Donald Trump, Lula afirmou que um acordo comercial entre Estados Unidos e Brasil pode ser fechado nas próximas semanas. Durante entrevista coletiva na madrugada desta segunda-feira (27), o presidente brasileiro disse que a conversa com o norte-americano foi franca e construtiva.

Governo brasileiro enviará equipe para negociar tarifas em Washington, diz Lula Reprodução/Record News

Para Lucena, também pesa nas negociações o posicionamento do Brasil em relação ao governo venezuelano, alvo mais recente de ataques do republicano. Na análise do especialista, “se o Brasil começa a negociar com os Estados Unidos de uma maneira muito aberta, o próprio governo brasileiro vai ficar muito reticente e colocar um pouco para trás qualquer defesa do governo de Nicolás Maduro”.


No encontro na Malásia, Lula ainda mencionou as sanções contra autoridades brasileiras e afirmou que não aceita “condicionalidades” em nenhum acordo comercial. Ele comentou também sobre a atuação da China no comércio global e defendeu um sistema internacional mais equilibrado.

As delegações brasileira e norte-americana já participaram de uma primeira rodada de negociações e decidiram manter o diálogo. Segundo Lula, uma reunião técnica será realizada em breve, em Washington, para discutir as tarifas de 50% aos produtos brasileiros.

Fique por dentro das principais notícias do dia no Brasil e no mundo. Siga o canal do R7, o portal de notícias da Record, no WhatsApp

Últimas


    Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.