Entenda como destruição de Gaza atrasa a identificação dos corpos de reféns

Corpos de reféns israelenses começaram a ser entregues nesta terça-feira (14) como parte do acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza. O comboio com quatro caixões foi levado ao Instituto Médico Forense de Israel. Soldados, parentes e amigos prestaram homenagens. Outros 24 sequestrados ainda precisam ser devolvidos.

“Gaza está virada em escombros”, destaca Vitelio Brustolin, professor de relações internacionais, em entrevista ao Conexão Record News. “Gaza tem 365 km² e tem 500 km de túneis que o Hamas fez debaixo da Faixa de Gaza para esconder armas, e muitos reféns foram levados para esses túneis. E muitos desses túneis foram destruídos, os prédios também. Então, pessoas que morreram há dois anos, já não dá para identificá-las”, explica.

Em resposta à acusação do Exército israelense de quebra do acordo por não retornar todos os reféns, os terroristas do Hamas afirmaram que ainda não localizaram todas as vítimas. O comitê internacional da Cruz Vermelha disse que pode levar um tempo considerável para que todos os restos mortais sejam entregues, a considerar o desafio de encontrar os corpos nos escombros de Gaza. Brustolin concorda que a busca por corpos deve demorar: “É uma tarefa bastante complexa”, conclui.

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