Logo R7.com
Logo do PlayPlus

Insulina em excesso e injeção de ar: entenda o caso da enfermeira condenada por matar sete bebês

Médicos alertaram sobre o que estava acontecendo no hospital, mas diretor tentou encobrir para evitar repercussão negativa

Internacional|Do R7

Enfermeira Lucy Letby foi a responsável pela morte de pelo menos sete bebês em hospital onde trabalhou
Enfermeira Lucy Letby foi a responsável pela morte de pelo menos sete bebês em hospital onde trabalhou

A enfermeira Lucy Letby, de 35 anos, foi condenada à prisão perpétua por ter assassinado sete recém-nascidos e pela tentativa de matar pelo menos outros seis bebês na Inglaterra.

Lucy trabalhou no Hospital Condessa de Chester e no Hospital para Mulheres de Liverpool de 2015 até 2016. Nesse período, médicos e enfermeiros alertaram para um número crescente de bebês que morriam sem um motivo claro.

As crianças apresentavam quadros mais graves após o turno de trabalho de Lucy, e os demais profissionais passaram a buscar uma justificativa para a situação alarmante.

Lucy costumava avisar das mortes no grupo de trabalho, e os colegas tentavam consolá-la, já que ela dizia estar triste com o que estava acontecendo.


Compartilhe no WhatsApp

Compartilhe no Telegram


Segundo uma reportagem publicada pela BBC, os chefes do hospital foram alertados sobre o que estava acontecendo, mas as denúncias foram ignoradas e até tratadas como coincidência.

Leia também

As mortes também não foram notificadas da maneira correta, e isso impediu que as autoridades de Saúde do Reino Unido identificassem o que estava acontecendo.


A enfermeira foi afastada da escala de plantões após a morte, em menos de 24 horas, de dois dos trigêmeos prematuros que tinham nascido no hospital. No entanto, ela foi transferida para realizar funções administrativas.

A tentativa de encobrir os casos tinha a intenção de preservar a imagem do hospital. A direção temia a repercussão negativa da morte de crianças na maternidade.

Em 2016, em vez de denunciar a situação para a polícia, o diretor do hospital pediu uma auditoria do Royal College of Pediatrics and Child Health e foi orientado a fazer uma revisão independente de cada uma das mortes.

Um relatório, em 2017, concluiu que as mortes deveriam ter uma investigação aprofundada. Os responsáveis pelo documento, no entanto, foram orientados a enviar um email para pedir desculpa a Lucy por terem feito acusações contra ela, e nada foi feito.

Só em 2018, três anos após os primeiros assassinatos, foi encontrada a primeira evidência de que Lucy era uma criminosa. O exame de sangue de um dos recém-nascidos foi a prova de que a enfermeira assassinou uma criança com uma dose de insulina.

Alguns meses depois, Lucy foi presa, e os assassinatos começaram a ser descobertos, e os modos de ação, revelados. Além de aplicar insulina, ela injetava ar numa veia das crianças, e há até uma que foi alimentada em excesso e apresentou complicações.

A imprensa britânica tratou Lucy durante a cobertura do julgamento como "a maior assassina de crianças da história moderna".

"Foi uma campanha cruel, calculada e cínica de assassinato de crianças envolvendo os menores e mais vulneráveis", disse o juiz James Goss, que condenou Lucy à prisão perpétua, sem perspectiva de libertação.

Desde que Letby deixou a unidade neonatal do hospital, apenas uma morte foi registrada nos últimos sete anos.

Com dinheiro escasso, Cuba impõe limite diário de US$ 20 para saque e força comércio a usar moeda digital

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.