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Entenda o escândalo que levou o príncipe Andrew à renúncia de títulos da nobreza britânica

Filho da rainha Elizabeth 2ª perdeu títulos de nobreza e outras honrarias devido ao envolvimento no escândalo de Jeffrey Epstein

Internacional|Do R7

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Príncipe Andrew é suspeito de ter mantido relações com uma menor que teria sido vítima da rede de tráfico comandada por Epstein Reprodução/Jornal da Record

O príncipe Andrew renunciou ao uso de seus títulos reais, como o de Duque de York. No site oficial da família real britânica, a denominação já foi apagada pelo Palácio de Buckingham, refletindo a perda de títulos de nobreza e outras honrarias devido ao envolvimento do filho da rainha Elizabeth 2ª no escândalo de Jeffrey Epstein, financista americano acusado por crimes sexuais que morreu na cadeia em 2019.

Em um comunicado, divulgado na sexta-feira (17), Andrew disse que, após discussões com o rei, decidiu abrir mão de seus títulos reais “para colocar meu dever para com minha família e meu país em primeiro lugar”. “Portanto, não usarei mais meu título nem as honras que me foram conferidas. Como já disse, nego veementemente as acusações contra mim”, acrescentou.


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O anúncio ocorre às vésperas do lançamento do livro de memórias de Virginia Giuffre, apontada como uma das vítimas da rede de tráfico sexual que seria comandada por Jeffrey Epstein. Giuffre afirmou que foi forçada a ter relações sexuais com o príncipe Andrew em três ocasiões, quando ela tinha 17 anos e abriu um processo contra o nobre inglês nos EUA. Andrew nega as acusações.

A controvérsia em torno dessas alegações e a amizade de Andrew com Epstein culminaram em uma entrevista desastrosa para a BBC em novembro de 2019. Na ocasião, Andrew disse à jornalista que havia interrompido o contato com Epstein “depois que soube que ele estava sob investigação, o que foi no final de 2006, e não entrei em contato com ele novamente até 2010”.


Diante da pressão pública e da repercussão negativa para a família real, príncipe Andrew anunciou que se afastaria de suas funções públicas “por tempo indeterminado”, com a permissão da rainha. Desde então, ele tem mantido um perfil discreto e suas aparições públicas têm sido limitadas.

Em 2022, Andrew chegou a um acordo financeiro com Virginia Giuffre, encerrando o processo civil por abuso sexual nos Estados Unidos, embora o acordo não tenha incluído uma admissão de culpa.


Pressão sobre a vítima

Uma investigação do jornal britânico Daily Mail publicada no sábado (18) mostra que o príncipe pediu à polícia que “desenterrasse a sujeira” sobre Giuffre. “Parece também que ela tem antecedentes criminais nos Estados Unidos. Dei a ela a data de nascimento e o número do seguro social para investigação com o […] agente de proteção pessoal de plantão”, escreveu o nobre inglês em um e-mail.

“Estamos cientes das reportagens e estamos investigando ativamente as alegações feitas”, disse a Polícia Metropolitana. A família de Giuffre negou que ela tivesse antecedentes criminais.


Andrew se recusou a explicar como obteve o número do Seguro Social americano dela. O número é usado para tudo, desde a abertura de uma conta bancária até a solicitação de passaporte.

Quem é o príncipe Andrew

Descrito como o “filho favorito” da rainha Elizabeth 2ª, Andrew foi visto durante anos como um playboy e um militar corajoso, antes de cair em desgraça devido ao escândalo sexual.

Sua reputação como herói militar foi moldada pela sua participação na Guerra das Malvinas (1982) contra a Argentina, na qual ele lutou como piloto de helicóptero aos 22 anos de idade.

Nascido em 19 de fevereiro de 1960 no Palácio de Buckingham, ele é o terceiro filho de Elizabeth 2ª e do príncipe Philip, que tiveram o agora rei Charles 3º e a princesa Anne.

O que é o caso Jeffrey Epstein

A partir de meados dos anos 2000, Epstein enfrentou várias acusações relacionadas a crimes sexuais, incluindo o abuso sexual de menores. Em 2008, ele se declarou culpado de solicitar prostituição de uma menor na Flórida e foi condenado a 18 meses de prisão, dos quais cumpriu 13 em regime semiaberto devido a um acordo de delação considerado controverso por muitos.

O caso de Epstein voltou às manchetes em julho de 2019, quando ele foi preso novamente, desta vez sob acusações federais de tráfico sexual de menores, que teriam ocorrido em vários estados dos EUA e em seu complexo privado nas Ilhas Virgens Americanas. Epstein foi encontrado morto em sua cela no Centro Correcional Metropolitano em Nova York em 10 de agosto de 2019, em um aparente suicídio, enquanto aguardava julgamento.

A morte de Epstein não encerrou o escândalo, pois investigações e litígios continuaram, focando em seus associados e na rede de tráfico sexual que ele supostamente operava. Uma das figuras mais proeminentes envolvidas no escândalo é Ghislaine Maxwell, uma socialite britânica e ex-companheira de Epstein, que foi condenada por ajudar Epstein a recrutar e abusar sexualmente de menores.

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