Entenda por que a Bélgica não apoia o uso de ativos russos para reconstruir a Ucrânia
Bruxelas se tornou o centro financeiro da União Europeia depois da saída do Reino Unido
Internacional|Do R7
A Europa encontra barreiras ao tentar convencer a Bélgica a aceitar o plano de utilizar US$ 162 bilhões em ativos russos congelados, um valor próximo de R$ 863 bilhões, para auxiliar a Ucrânia. O primeiro-ministro da nação belga afirmou que o plano da União Europeia pode comprometer as chances de um acordo de paz. O apoio da Bélgica ao plano é crucial, já que grande parte dos ativos está retida em uma instituição financeira dentro do país.
O especialista em segurança e estratégia internacional Ricardo Cabral destaca, ao ser entrevistado pelo Conexão Record News, a situação em que a Bélgica se encontra e que acaba por motivar a discordância: “Depois que o Reino Unido saiu da União Europeia, o grande centro financeiro foi para Bruxelas. Diante disso, ela está numa situação extremamente difícil porque ela não quer perder essa posição de primazia [...] É uma questão de segurança jurídica”.
Cabral também lembra que grande parte da ajuda militar dos europeus fornecida à Ucrânia vem dos rendimentos desses mesmos recursos que estão em discussão. “Se você tira o grosso do rendimento, quem vai pagar o que eles estão devendo à indústria bélica europeia e norte-americana? Quem vai pagar isso, o contribuinte europeu?”, questiona.
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