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Entenda por que comportamento ‘incomum’ de submarino russo chama a atenção da Otan

Aliança diz que embarcação de ataque tem navegado na superfície, o que é raro e pode indicar problemas técnicos

Internacional|Do R7

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Submarino russo Novorossiysk navega na superfície, o que é incomum e pode indicar problemas.
  • Otan monitora de perto o submarino e sua trajetória, que inclui um percurso fora d'água.
  • Embora a Rússia negue defeitos, a Otan sugere falhas baseadas no comportamento do submarino.
  • A presença naval russa no Mediterrâneo tem diminuído devido a perdas na guerra da Ucrânia.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Aliança militar tem monitorado de perto o submarino Novorossiys Divulgação/Marinha da Bélgica

Um submarino russo de ataque chamou a atenção da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) após ser flagrado navegando na superfície – algo considerado incomum para esse tipo de embarcação e que pode indicar problemas técnicos.

Segundo informações do site especializado Business Insider, a aliança militar tem monitorado de perto o submarino Novorossiysk, da classe Kilo, que estaria “mancando para casa” após deixar o Mediterrâneo em direção à costa da Europa Ocidental.


De acordo com um representante da Otan ouvido pelo site sob condição de anonimato, o submarino tem feito boa parte do trajeto fora da água, o que não é o ideal. Quando está na superfície, a embarcação fica mais vulnerável a ataques e rastreamentos.

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O porta-voz do Comando Marítimo Aliado da Otan, Arlo Abrahamson, afirmou que o submarino emergiu “inúmeras vezes” durante o percurso. “Os aliados têm monitorado de perto este submarino durante seu trânsito”, disse ao Business Insider. Segundo ele, a operação de rastreamento envolve cerca de uma dúzia de navios de guerra de seis países.


Monitoramento

O Novorossiysk, com 73 metros de comprimento, foi construído em 2010 e incorporado à Frota Russa do Mar Negro em 2014. O submarino é movido por um sistema diesel-elétrico e pode lançar mísseis de cruzeiro Kalibr, usados pela Rússia em ataques contra a Ucrânia.

Na semana passada, forças francesas, belgas e holandesas acompanharam o deslocamento do submarino e de um rebocador russo pelo Mar do Norte. O exército da Holanda disse que as escoltas têm como objetivo impedir possíveis tentativas de sabotagem de infraestrutura submarina, uma preocupação recorrente na Europa desde o início da guerra na Ucrânia.


A Frota do Mar Negro negou que o submarino esteja com defeito e afirmou, por meio da mídia estatal russa, que o deslocamento é uma “transferência de rotina entre frotas”. A Rússia alegou ainda que as regras internacionais obrigam submarinos a permanecerem na superfície ao cruzar o Canal da Mancha, região onde o Novorossiysk foi visto.

Apesar disso, um oficial da Otan disse ao Business Insider que o submarino passou a maior parte do trajeto fora da água, o que sugere algum tipo de falha. O secretário-geral da Otan, Mark Rutte, chegou a descrever a embarcação como um “submarino russo solitário e quebrado voltando para casa”.


Danos frequentes

Rutte afirmou ainda que o episódio ilustra a queda de capacidade naval da Rússia, resultado das perdas sofridas na guerra da Ucrânia e de mudanças no Oriente Médio. “A força-tarefa russa no Mediterrâneo já foi composta por navios de superfície, submarinos e embarcações de apoio. Agora, praticamente não há presença naval russa na região”, disse.

Nos últimos anos, a Rússia mantinha presença militar constante na base de Tartus, na Síria, em troca de apoio ao regime de Bashar al-Assad durante a guerra civil. Mas a deposição de Assad no fim de 2024 e a ascensão de uma nova liderança em Damasco colocaram essa operação em risco, segundo autoridades ocidentais.

A situação se agravou com os ataques ucranianos à Frota do Mar Negro, que destruíram ou danificaram dezenas de navios russos desde 2022. A ofensiva forçou Moscou a transferir grande parte da frota da Crimeia para Novorossiysk, base localizada na Rússia continental – o mesmo porto para onde o submarino danificado agora tenta retornar.

Perguntas e Respostas

 

Qual é a razão do comportamento incomum do submarino russo que chamou a atenção da Otan?

 

O submarino russo de ataque, Novorossiysk, foi flagrado navegando na superfície, o que é considerado incomum para esse tipo de embarcação e pode indicar problemas técnicos.

 

O que a Otan está fazendo em relação ao submarino Novorossiysk?

 

A Otan está monitorando de perto o submarino, que estaria "mancando para casa" após deixar o Mediterrâneo em direção à costa da Europa Ocidental. Um representante da Otan afirmou que o submarino tem feito boa parte do trajeto fora da água, o que o torna mais vulnerável a ataques e rastreamentos.

 

Quais informações foram fornecidas sobre o submarino Novorossiysk?

 

O Novorossiysk tem 73 metros de comprimento, foi construído em 2010 e incorporado à Frota Russa do Mar Negro em 2014. Ele é movido por um sistema diesel-elétrico e pode lançar mísseis de cruzeiro Kalibr, utilizados pela Rússia em ataques contra a Ucrânia.

 

Como as forças europeias estão reagindo ao deslocamento do submarino?

 

Forças francesas, belgas e holandesas acompanharam o deslocamento do submarino e de um rebocador russo pelo Mar do Norte, com o objetivo de impedir possíveis tentativas de sabotagem de infraestrutura submarina, uma preocupação crescente desde o início da guerra na Ucrânia.

 

O que a Frota do Mar Negro disse sobre o submarino?

 

A Frota do Mar Negro negou que o submarino esteja com defeito, afirmando que seu deslocamento é uma "transferência de rotina entre frotas". A Rússia também alegou que as regras internacionais obrigam submarinos a permanecerem na superfície ao cruzar o Canal da Mancha.

 

Qual é a avaliação da Otan sobre a situação do submarino?

 

Um oficial da Otan indicou que o submarino passou a maior parte do trajeto fora da água, sugerindo algum tipo de falha. O secretário-geral da Otan, Mark Rutte, descreveu a embarcação como um "submarino russo solitário e quebrado voltando para casa" e destacou a queda da capacidade naval da Rússia devido às perdas na guerra da Ucrânia.

 

Como a situação da Frota do Mar Negro foi afetada nos últimos anos?

 

A Rússia mantinha uma presença militar constante na base de Tartus, na Síria, em apoio ao regime de Bashar al-Assad. No entanto, a deposição de Assad e a ascensão de uma nova liderança em Damasco colocaram essa operação em risco. Além disso, os ataques ucranianos à Frota do Mar Negro danificaram ou destruíram dezenas de navios russos desde 2022, forçando Moscou a transferir grande parte da frota da Crimeia para Novorossiysk.

 

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