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Erdogan diz que Turquia agirá caso Nova Zelândia não puna atirador

Antes do atentado, o autor do crime escreveu um comunicado no qual explica que pretendia criar um clima de medo entre os muçulmanos

Internacional|Da EFE

O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, declarou nesta terça-feira (19) que se a Justiça da Nova Zelândia não punir adequadamente o autor do massacre de Christchurch, que matou 50 pessoas em duas mesquitas na sexta-feira, a Turquia o punirá.

"Matou de forma vil, abjeta e pérfida 50 de nossos irmãos que estavam rezando. Mas pagará por isso. Se a Nova Zelândia não o fizer pagar, nós saberemos fazer isso, de uma maneira ou outra", disse Erdogan ao mencionar o atirador durante um comício eleitoral na cidade de Zonguldak, no norte da Turquia, segundo a agência turca Anadolu.

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Desde o dia do atentado, Erdogan tem mostrado nos comícios eleitorais alguns trechos do vídeo gravado pelo suposto terrorista, Brenton Tarrant. A gravação mostra o atirador entrando em uma mesquita e matando dezenas de pessoas.

Antes do atentado, Tarrant, um australiano de 28 anos, escreveu um comunicado no qual explica que pretendia criar um clima de medo entre os muçulmanos.


A Turquia realizará eleições municipais no dia 31 de março, mas, apesar de não ser candidato, Erdogan faz diariamente vários comícios para pedir votos ao seu partido, o islâmico Justiça e Desenvolvimento (AKP).

Durante o discurso desta terça-feira, lamentou que as leis neozelandesas sejam pouco severas e que "a vida humana seja tão barata".


"Nós cometemos um erro: abolimos a pena de morte. Acho que foi um erro", afirmou Erdogan, reiterando, como tem feito desde 2016, que assinaria a reintrodução da pena capital caso o Parlamento turco a aprovasse.

Nas reformas para se aproximar da União Europeia (UE), a Turquia aboliu a pena de morte em 2004 e necessitaria reformar a Constituição para voltar a introduzir essa punição, algo que é descartado devido à divisão de forças no atual cenário político do país.

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