Grupo fundamentalista está a 150 quilômetros da capital
AFPA Espanha decidiu que irá trazer de volta os cidadãos que estiverem no Afeganistão, a equipe diplomática em Cabul, capital do país, e os afegãos acompanhados das famílias que trabalharam com os militares e colaboradores espanhóis no país asiático.
O país não descarta a evacuação da embaixada caso seja necessário diante do avanço dos talibãs, que em poucos dias dominaram várias cidades afegãs e podem estar a cerca de 150 quilômetros da capital.
Em comunicado, o ministro das Relações Exteriores espanhol, Manuel Albares, anunciou que a Espanha "está preparada para qualquer eventualidade, incluindo a evacuação da embaixada se for necessário, e não vai deixar ninguém para trás".
Além da equipe diplomática, o Ministério das Relações Exteriores só tem conhecimento da presença de seis espanhóis no país, todos na capital, exceto um funcionário internacional que trabalha para uma organização multilateral. Segundo o ministro, a embaixada da Espanha está em contato permanente com todos para organizar a repatriação.
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"Qualquer espanhol que ainda esteja no país tem a possibilidade de aderir à operação de evacuação que pode ser organizada pelo governo. A sua segurança é a nossa primeira preocupação", disse Albares no comunicado.
Outros países já adotaram iniciativas similares devido à piora da situação no Afeganistão, após os talibãs terem tomado o controle, em apenas uma semana, de metade das 34 capitais provinciais.
A Espanha "não reconhecerá um governo imposto à força" no Afeganistão, segundo o chanceler.
A transferência de cidadãos espanhóis incluirá afegãos - e suas famílias - que tenham trabalhado "lado a lado" com a Espanha durante missões militares e projetos de cooperação no Afeganistão, incluindo tradutores.
A Espanha está em contato com outros países da União Europeia e da Otan para analisar os fatos e trocar informações sobre a manutenção da presença diplomática em Cabul.