Crise na Venezuela

Internacional Espanha pede intervenção da UE para que haja eleições na Venezuela

Espanha pede intervenção da UE para que haja eleições na Venezuela

Ministro das Relações Exteriores, Josep Borrell, não disse quem país apoia e pede rapidez nas decisões do grupo sobre crise política

Espanha não disse se apoia Maduro ou Guaidó

Espanha não disse se apoia Maduro ou Guaidó

Palácio de Miraflores via Reuters / 14.1.2019

O ministro das Relações Exteriores da Espanha, Josep Borrell, afirmou nesta quinta-feira (24) que a prioridade na Venezuela deve ser "evitar que a coisa piore" e considerou que isso exige "uma intervenção" da União Europeia "para que haja eleições livres, democráticas e com garantias".

"Vamos fazer com que este processo (eleições) aconteça", disse Borrell, em entrevista coletiva ao ser perguntado sobre a posição da UE com relação à autoproclamação do presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, como "presidente interino" da Venezuela.

O ministro ressaltou que a UE "tem uma posição comum firme e clara na exigência de eleições que até agora (o presidente Nicólas) Maduro não queria".

Borrell também lamentou a "extraordinária lentidão" da UE para tomar decisões e disse que, "se não tivéssemos demorado quatro meses para decidir" criar um "grupo de contato" europeu com o governo de Maduro e com a oposição venezuelana, "talvez o tema tivesse sido de utilidade".

Agora, o prioritário é, segundo Borrell, convocar um Conselho Europeu de Relações Exteriores para chegar a acordos e impulsionar a política comum da UE de exigir a realização de eleições.

Ao ser questionado sobre quem ele considera que deveria convocar essas eleições, se Maduro ou Guaidó, Borrell respondeu que "isso é o que temos que ver" e reconheceu que a Espanha tem uma opinião a respeito, mas "não é para dá-la em uma entrevista coletiva, mas para trabalhá-la" no âmbito da UE.

O ministro enfatizou que é necessário que a UE decida com rapidez sua posição, já que a situação na Venezuela "pode degenerar para a instabilidade".

"Temos que evitar que a coisa piore, e isso exige uma intervenção da UE para que haja eleições; vamos fazer com que este processo aconteça", assinalou Borrell.

Para o ministro espanhol, é óbvio que, para promover eleições na Venezuela, será necessário "um contato com o regime de Maduro".

Em Davos, onde participa do Fórum Econômico Mundial, o presidente do governo espanhol, o socialista Pedro Sánchez, falou com Guaidó, a quem transferiu a mensagem de que eleições democráticas e transparentes são a saída "idônea e natural" para a crise na Venezuela, segundo disseram fontes de seu governo.

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