Estação de metrô no aeroporto de Hong Kong é fechada por protestos
Manifestantes contra o controle da China sobre a província fecharam acessos ao aeroporto, incluindo a estação, que foi vandalizada
Internacional|Da EFE
A empresa que administra o metrô de Hong Kong decidiu suspender neste domingo as operações da estação de Tsing Yi, no aeroporto da cidade, atacada por manifestantes violentos que participavam dos protestos contra a China.
A emissora local "RTHK" informou que a MTR tomou a decisão por volta das 13h30 no horário local (2h30 em Brasília) depois de a empresa registrar imagens de vândalos pichando a estação e tentando quebrar as máquinas de venda de passagens para o metrô.
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O aeroporto de Hong Kong foi um dos locais escolhidos pelos manifestantes para protestar contra o governo da China hoje.
As autoridades da cidade enviaram um grande número de agentes para o local e só permitia a entrada de passageiros que tivessem passagens com a data de hoje
Em meados de agosto, os manifestantes conseguiram paralisar o aeroporto da cidade, um dos mais movimentados da Ásia, durante dois dias, provocando centenas de cancelamentos de voos.
Antes de decidir suspender as operações na estação de Tsing Yi, a MTR já havia aumentado o intervalo dos trens que vão até ao local de 10 para 20 minutos. A ordem de paralisar o serviço veio após recomendações do governo local e das autoridades aeroportuárias. Os trens com destino à cidade de Hong Kong seguem operando normalmente.
Confrontos do sábado
Os protestos de ontem, que marcavam o aniversário de cinco anos do movimento que ficou conhecido como "Revolução dos Guarda-Chuvas", terminaram em confronto entre manifestantes e a polícia de Hong Kong.
Fontes de hospitais ouvidos pela "RTHK" informaram que 31 pessoas foram hospitalizadas com ferimentos depois dos enfrentamentos, que ocorreram em vários pontos da cidade. Cinco delas estariam internadas em estado grave.
Manifestações começaram contra lei de extradição
As manifestações em Hong Kong começaram em março deste ano. A população local foi às ruas para bloquear uma polêmica proposta de lei de extradição que, segundo advogados e ativistas, dado ao governo da China poder para prender opositores na ilha.
Apesar de o projeto ter sido enterrado, os manifestantes ampliaram as reivindicações com o objetivo de melhorar o mecanismo democrático da cidade e se opor ao autoritarismo chinês. O governo de Pequim diz que há ação de outros países por trás dos movimentos.
Após recuperar a soberania de Hong Kong do Reino Unido em 1997, o governo chinês se comprometeu com a política que ficou conhecida como "um país, dois sistemas". Desta forma, a cidade permaneceria autônoma e seus cidadãos manteriam uma série de direitos que os cidadãos da China continental não possuem
VEJA AS FOTOS DOS PROTESTOS DE SÁBADO (31 de agosto) EM HONG KONG: