O grupo terrorista Estado Islâmico reivindicou nesta segunda-feira (5) o atentado que matou dois funcionários da embaixada russa em Cabul e quatro afegãos, no primeiro ataque contra uma missão estrangeira desde que o Talibã retomou o poder, em agosto do ano passado. Um combatente do grupo terrorista "acionou seu cinto de explosivos durante um encontro com a participação de funcionários russo" perto da embaixada, informaram os extremistas, em um comunicado publicado no Telegram. O agressor detonou a carga explosiva perto da entrada da seção consular da embaixada. "Estamos falando de um ataque terrorista. É inaceitável", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, à imprensa. O Ministério das Relações Exteriores afegão confirmou a morte de dois funcionários da embaixada. Além disso, quatro afegãos que aguardavam para acessar os serviços consulares também morreram, e vários outros ficaram feridos, disse a polícia de Cabul. Desde que o Talibã voltou ao poder, a violência no Afeganistão diminuiu bastante. Mas vários ataques com bomba, alguns contra comunidades minoritárias, abalaram o país nos últimos meses, muitos deles reivindicados pelo grupo jihadista Estado Islâmico. Assim como em outros ataques recentes, os serviços de segurança do Talibã rapidamente isolaram a área e impediram a mídia de filmar perto do local. O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse que medidas imediatas foram tomadas para reforçar a segurança na embaixada, localizada em uma das principais ruas de Cabul, que leva ao prédio do Parlamento.