Estados Unidos retiram 2,9 mil pessoas de Cabul nas últimas 24h
Número é muito inferior ao de 6.800 registrado no sábado. Tropas norte-americanas devem se retirar do Afeganistão na terça (31)
Internacional|Do R7, com agências internacionais
Os Estados Unidos retiraram 2.900 pessoas do Afeganistão nas últimas 24 horas, o que mostra uma redução em relação a dias anteriores, informou neste domingo (29) um funcionário da Casa Branca.
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O novo número é muito inferior ao de 6.800 registrado no sábado (28) e ainda menor se comparado ao de 12.500 da sexta-feira passada. De acordo com o funcionário, os 2.900 evacuados foram transportados em voos militares americanos e da coalizão internacional.
Mais especificamente, 32 aviões dos EUA evacuaram 2.200 pessoas e nove aeronaves da coalizão retiraram outras 700 do Afeganistão desde o dia anterior.
No sábado, o Pentágono confirmou que havia começado a fase final da evacuação, com a retirada de material militar e o início da saída de alguns dos 5 mil militares que estavam no aeroporto da capital afegã. A Casa Branca anunciou na sexta-feira que o início da nova fase resultaria em uma redução das remoções.
Na última terça-feira, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, decidiu respeitar o prazo de terça-feira (31 de agosto) para retirar as forças americanas do Afeganistão.
Carro-bomba
Neste domingo, os Estados Unidos fizeram um ataque "defensivo" com drones mirando um homem-bomba em um veículo que pretendia atacar o aeroporto de Cabul. Segundo o Pentágono, o objetivo foi "eliminar uma ameaça iminente" do grupo EI-K (Estado Islâmico de Khorasan) contra o terminal aéreo, alvo de atentado assumido pelo grupo jihadista na semana passada.
"As forças dos EUA realizaram hoje um ataque aéreo defensivo com drones", lançado de fora do Afeganistão, "contra um veículo em Cabul, eliminando uma ameaça iminente do EI-K ao aeroporto internacional", disse Bill Urban, porta-voz do comando central. "As explosões secundárias significativas do veículo indicaram a presença de uma quantidade substancial de material explosivo."
Também hoje, o presidente dos EUA, Joe Biden, e sua esposa Jill estiveram na base militar de Dover, no leste de Washington, com as famílias dos 13 militares mortos no atentado do grupo jihadista três dias atrás quando a notícia do mais recente ataque aéreo foi divulgada.