Estados Unidos se dizem 'abertos' a uma reunião com o governo chinês sobre balões

Governo de Washington acredita que Pequim esteja usando objetos para espionar território norte-americano

13/02/2023 - 21h22 (Atualizado em 20/04/2024 - 03h58)

O governo dos Estados Unidos disse nesta segunda-feira (13) que está "aberto" a uma reunião com funcionários de alto escalão da China para discutir a crise aberta sobre o suposto uso de balões espiões por Pequim.

No entanto, o porta-voz da diplomacia americana, Ned Price, explicou que, até o momento, não está agendada qualquer reunião do secretário de Estado, Antony Blinken, com qualquer representante chinês.

"Estamos abertos e comprometidos em manter as linhas de comunicação. Podemos falar por telefone, ter reuniões em nossas embaixadas em Pequim ou Washington, ter reuniões com autoridades de outros países ou viajar para a China", disse Price.

O porta-voz afirmou que é importante e uma questão de responsabilidade que ambos os países tenham a capacidade de "falar diretamente com franqueza".

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No último dia 4, os Estados Unidos derrubaram um balão chinês que supostamente espionava o território norte-americano, e desde então derrubaram outros três objetos voadores na América do Norte cuja origem ainda não conseguiu identificar.

O governo dos EUA acusou a China de desenvolver um programa de espionagem militar por meio de balões enviados para 40 países nos cinco continentes, razão pela qual Blinken cancelou uma viagem planejada a Pequim.

Por sua vez, o governo chinês garantiu que o primeiro objeto derrubado era um balão meteorológico que se desviou da trajetória e denunciou que pelo menos dez balões americanos sobrevoaram a China no ano passado.

Marinha dos EUA divulga imagens do resgate do balão chinês

Em Maryland, o presidente Joe Biden parabenizou os pilotos do F-22 por terem derrubado o balão no espaço aéreo americano

Imagem fornecida por Chad Fish mostra um grande balão de origem supostamente chinesa sendo derrubado por um míssil norte-americano acima do Oceano Atlântico, perto da costa da Carolina do Sul, no Estados Unidos, ontem, 4 de fevereiro de 2023. A derrubada do suposto balão espião criou um espetáculo sobre um dos centros turísticos do estado e atraiu multidões que reagiram com uma mistura de olhares perplexos, angústia e aplausos. Em comunicado hoje, o Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que se reservava o direito de "tomar novas ações" e criticou os EUA por "uma óbvia reação exagerada e uma grave violação da prática internacional". A China afirma que o balão era de uso civil, destinado a pesquisas meteorológicas, e que havia entrado no espaço aéreo norte-americano por acidente

Quando foi derrubado, o balão estava a 18 km de altitude, a 11 km da costa, segundo funcionários do Pentágono

Os EUA detectaram um outro balão, que sobrevoava a América Latina. A Força Aérea colombiana indicou, por sua vez, que 'um objeto' com 'características semelhantes às de um balão' estava em seu espaço aéreo e que a situação estava sendo monitorada.

Pequim confirmou na segunda-feira (6) que o balão detectado ao sobrevoar a América Latina era chinês

A marinha dos EUA divulgou imagens da captura do balão chinês que estaria espionando o território americano. O dispositivo foi abatido por caças no último sábado (4), e os destroços caíram no mar, a 10 km da costa da Carolina do Sul Veja momento em q...