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Entenda o impasse entre produtores americanos e Trump sobre tarifas impostas pelos EUA

Presidente rebateu críticas de fazendeiros e afirmou que eles estariam em boa condição econômica

Estados Unidos|Do R7

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Trump rebate críticas de produtores americanos sobre tarifas a produtos exportados.
  • O presidente sugere a importação de mais carne da Argentina para aliviar a situação.
  • Especialistas afirmam que tarifas começaram a impactar negativamente os consumidores e produtores.
  • A falta de concorrência está elevando os preços, o que pode afetar a popularidade de Trump.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Após ser criticado por pecuaristas americanos por sugerir que os Estados Unidos importassem mais carne bovina da Argentina, o presidente Donald Trump afirmou que os produtores estão em uma boa condição econômica graças ao tarifaço imposto ao Brasil e a outros países. Em sua fala, o republicano ainda comentou que espera que os empresários baixem os preços dos produtos.

Para Daniel Vargas, professor da Escola de Economia da FGV (Fundação Getulio Vargas), as críticas a Trump surgem em meio aos reflexos das tarifas, que começaram a pesar no bolso dos americanos. Ele exemplifica com a carne moída, que registrou aumento de 1% ao mês, totalizando 14% em 2025.


Produtores e população dos Estados Unidos começaram a sentir os efeitos do tarifaço imposto a outro países Reprodução/Record News

“Se você não consegue ou não pode comprar uma carne de melhor qualidade produzida mais barato de um país seguro como o Brasil, a consequência é que você pode até ter mais possibilidades de colocar o seu produto no mercado a um preço um pouco mais alto”, afirma o professor em entrevista ao Conexão Record News desta quinta-feira (23).

Vargas ainda ressalta que os benefícios à primeira vista, como a falta de concorrência com a diminuição de produtos estrangeiros, se tornaram uma dor de cabeça para os produtores, uma vez que o país não possui capacidade de suprir toda a demanda necessária.


Como consequência, ele lembra que quem paga a conta é o consumidor, com preços mais elevados nas prateleiras, o que pode ser benéfico para o empresário em um primeiro momento, mas insustentável no longo prazo.

“As pessoas não vão aceitar isso de bom grado, e o efeito é mexer na popularidade do próprio presidente, que já se antecipa reagindo, dizendo ‘talvez devemos comprar mais carne da Argentina’. Mas é que vira uma bola de neve. A saída deveria ter sido desde o início abrir o mercado. Não foi essa a opção. Agora, temos que lidar com as consequências”, conclui o professor.

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