Sanções dos EUA contra petrolíferas russas alteram dinâmica de incerteza no mundo, diz professor
Medidas refletiram em aumento de 5% no preço do petróleo; empresa sancionada é responsável por 6% da produção mundial
Estados Unidos|Do R7
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Nesta quinta-feira (23), os Estados Unidos impuseram sanções sobre os principais fornecedores de petróleo da Rússia, o que causou um aumento de 5% nos preços do produto. As medidas contra o país foram motivadas pela guerra na Ucrânia.
As sanções foram aplicadas às empresas Rosneft e Lukoil, respectivamente a primeira e a segunda maiores petrolíferas da Rússia. No caso da Rosneft, a produção da companhia corresponde a 50% do petróleo russo e 6% do mundo.
As medidas marcam a primeira sanção direta do presidente Donald Trump ao país. Em entrevista ao Conexão Record News, Daniel Vargas, professor da escola de economia da FGV São Paulo, explica que a decisão do republicano pode gerar consequências.
“Segundo as regras dos Estados Unidos, se alguém fizer negócios com as empresas sancionadas, poderá também ser alvo de uma sanção secundária. Na prática, isso significa que os bancos chineses que participam do financiamento dessa compra podem ser alvos de sanções, assim como as refinarias da Índia, assim como as traders do Oriente Médio que fazem o transporte desse petróleo”, afirma o professor.
Para Vargas, as sanções alteram a dinâmica de incerteza do mundo. “Não é mais um problema pontual apenas entre Ucrânia, Rússia e Europa, mas que passa a envolver os Estados Unidos de forma mais direta na guerra”, conclui.
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