Estrela do TikTok é presa na Arábia Saudita por 'expressões sexuais'
Polêmica surgiu após a influenciadora, durante uma transmissão ao vivo, convidar uma mulher para ir a sua casa
Internacional|Do R7
A polícia de Riad, na Arábia Saudita, prendeu nesta terça-feira (26) uma famosa influenciadora egípcia após uma transmissão ao vivo na plataforma TikTok na qual teria usado "palavras e expressões sexuais", segundo informou a Segurança Geral Saudita em suas redes sociais.
"A polícia de Riad prendeu uma garota de nacionalidade egípcia que fez uma transmissão ao vivo em um site de rede social conversando com outra garota e usando algumas palavras e expressões sexuais", detalhou a instituição em um vídeo postado no Twitter.
A Segurança Geral Saudita destacou que a jovem foi detida porque seu conteúdo "prejudica a imagem e a moral geral do país", e acrescentou que já foram iniciados os trâmites acusatórios junto à Procuradoria-Geral da República.
A imprensa local e ativistas constataram que se trata da jovem influenciadora egípcia Tala Safwan, que acumula mais de 5 milhões de seguidores no TikTok. A polícia saudita não divulgou seu nome, mas disponibilizou imagens borradas dela.
Em um de seus últimos vídeos, Safwan apareceu realizando uma videochamada com uma jovem e a convidando para ir a sua casa de madrugada, algo que gerou uma onda de críticas entre os usuários por considerarem que ela estava fazendo uma proposta sexual.
Após esse vídeo, que se tornou viral devido à polêmica, a influenciadora se defendeu alegando que suas palavras haviam sido mal interpretadas. Da mesma forma, vários internautas iniciaram uma campanha contra ela nas redes sociais com a hashtag “Tala ofende a sociedade”.
Como muitos outros países árabes e de maioria muçulmana, a Arábia Saudita criminaliza a homossexualidade e comentários públicos com referências sexuais.
Leia também
No Egito, dezenas de influenciadoras foram detidas e até mesmo encarceradas nos últimos anos por postarem vídeos no TikTok em que aparecem dançando, algo que as autoridades do país consideram “incitação à libertinagem” e, em casos mais extremos, “prostituição”.
A prisão de Safwan ocorre depois que a Comissão Geral de Mídia Audiovisual da Arábia Saudita pediu no domingo ao Google em um comunicado que removesse anúncios do YouTube que considera "ofensivos" e que "conflitam com valores sociais e princípios do Islã".