EUA acusam China de violar acordo contra espionagem cibernética
Oficial da Agência de Segurança Nacional afirmou que está claro que a China está além dos limites do acordo que foi forjado entre os países
Internacional|Do R7
A China tem violado um acordo com os Estados Unidos que visa a impedir a espionagem cibernética por meio da invasão a dados governamentais e corporativos, disse uma importante autoridade da inteligência norte-americana na quinta-feira (9).
Perguntado se a China estava violando o acordo de 2015 entre o então presidente dos EUA, Barack Obama, e o presidente chinês, Xi Jinping, o oficial da Agência de Segurança Nacional, Rob Joyce, disse: "Nós achamos que eles estão".
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"Embora não seja preto-e-branco, (se a China) cumpriu o acordo ou não, está claro que hoje eles estão bem além dos limites do acordo que foi forjado entre nossos países", disse. Mas Joyce acrescentou que o número de ataques caiu drasticamente desde o acordo.
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Hua Chunying, rejeitou as alegações durante coletiva de imprensa e disse que Pequim e Washington têm importantes interesses compartilhados no ciberespaço.
"Pedimos que o lado dos EUA pare com suas críticas infundadas à China, e nos ajude salvaguardando conjuntamente o ímpeto de cooperação e comunicação entre os dois países no campo da segurança cibernética", disse Hua.
Em setembro de 2015, Obama anunciou que havia chegado a um "entendimento comum" com o presidente Xi para coibir espionagem econômica, mas ameaçou impor sanções contra hackers chineses que insistissem em cometer crimes cibernéticos.
Os dois líderes disseram concordar que nenhum dos governos apoiaria conscientemente o roubo cibernético de segredos corporativos ou informações comerciais. O acordo, no entanto, ficou aquém de qualquer promessa de se abster da tradicional espionagem cibernética estatal para fins de inteligência.
Neste ano houve um ataque de hackers a um escritório do governo norte-americano, que comprometeu os dados de mais de 20 milhões de pessoas. Autoridades dos EUA identificaram a China como origem dos ataques, mas não disseram se acreditam que o governo chinês é o responsável.