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EUA acusam Rússia de pôr menores ucranianos para adoção

Estudo feito pela Universidade de Yale afirma que mais de 6.000 jovens foram levados para abrigos gerenciados por Moscou

Internacional|Do R7

Menores ucranianos seriam reeducados segundo diretrizes russas
Menores ucranianos seriam reeducados segundo diretrizes russas

Um estudo divulgado nesta terça-feira (14) pela universiade americana de Yale informou que mais de 6.000 menores ucranianos, com idades que variam de 4 meses a 17 anos, foram enviados pela Rússia para campos de reeducação ou inseridos no sistema de adoção do país.

De acordo com o levantamento, financiado pelo Departamento de Estado dos EUA, a Rússia enviou mais de 6.000 menores da Ucrânia para esses campos ou outras instalações desde o início da invasão ao país vizinho, que completará um ano no próximo dia 24.

Nathaniel Raymond, diretor-executivo do laboratório de pesquisa conhecido como Yale HRL, afirmou, em entrevista coletiva virtual, que há "provas" de que a Rússia violou a Convenção de Genebra e "outros elementos" da lei internacional sobre os direitos dos menores de idade e a proteção deles em conflitos armados.

Segundo a pesquisa, Moscou retém crianças e adolescentes ucranianos em 43 centros, dos quais 41 foram usados no passado como acampamento infantil de verão.


Raymond afirmou, além disso, que 78% dessas instalações realizam, de alguma forma, a reeducação dos menores, principalmente nas áreas de Donetsk e Lugansk, no leste da Ucrânia.

O pesquisador reiterou que outros menores confirmaram ter sido postos no sistema de adoção da Rússia e em orfanatos do país.


Raymond chamou atenção sobre o alcance geográfico "massivo" das atividades russas, já que os centros para os quais as crianças e os adolescentes ucranianos são levados estão em várias partes, como a península da Crimeia, Moscou, o mar Negro e a Sibéria.

Inclusive, acrescentou o diretor do laboratório, há uma instalação desse tipo em Magadan, na costa russa do Pacífico, "mais perto dos EUA continental do que de Moscou".


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Segundo o pesquisador, foi possível identificar cerca de 32 centros em que estão sendo feitos "esforços sistemáticos de reeducação" para dar às crianças formação militar, além do método de ensino acadêmico russo e um patriotismo cultural.

Raymond garantiu que a Rússia adota um enfoque de nível governamental para reeducar e reassentar crianças ucranianas e promover a adoção forçada delas.

"Isso é exatamente consistente com o que concluíram alguns dos primeiros julgamentos de nazistas no tribunal de Nuremberg", afirmou o pesquisador.

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