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EUA alertam sobre volta da Al Qaeda como líder do movimento jihadista

Relatório elaborado pelo Departamento de Estado destaca que grupo e afiliados regionais da organização representam uma 'ameaça permanente' 

Internacional|Da EFE

Al Qaeda pode voltar à liderança do terrorismo
Al Qaeda pode voltar à liderança do terrorismo

Os Estados Unidos fizeram nesta sexta-feira (1) um alerta sobre uma possível volta da Al Qaeda à liderança do movimento jihadista global com a perda de protagonismo do Estado Islâmico, limitado ao uso de táticas clandestinas após o colapso do autoproclamado califado do grupo em regiões que pertencem ao Iraque e à Síria.

O alerta consta no relatório anual elaborado pelo Departamento de Estado sobre o terrorismo internacional. No documento, correspondente a 2018, o órgão destaca que a Al Qaeda e os afiliados regionais da organização permanecem "resilientes" e representam uma "ameaça permanente" para os Estados Unidos e seus aliados.

"Dados os reveses do Estado Islâmico, a Al Qaeda busca se restabelecer como a vanguarda do movimento jihadista global, apesar dos esforços promovidos contra essa organização desde os atentados de 11 de setembro de 2011", afirma o documento.

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O relatório afirma que a rede da Al Qaeda continua recrutando novos seguidores e mantém o planejamento para realizar novos ataques. Além disso, o grupo terrorista também continua obtendo novas formas de se financiar.


O governo americano avaliou que a organização fundada por Osama bin Laden aproveitou em 2018 o "foco global" sobre o Estado Islâmico para reconstituir suas capacidades, aproveitando-se de cenários de fragilidade política e de segurança no Egito, na Líbia, na Síria e no Iêmen.

Sobre o Estado Islâmico, o Departamento de Estado afirma que a coalizão internacional montada para combater o grupo conseguiu recuperar quase todo o território que fez parte do autoproclamado califado. Foram libertadas mais de 7,7 milhões de pessoas que estavam sob domínio dos terroristas e viviam em uma área de 11 mil quilômetros quadrados.


O texto alerta, no entanto, sobre os avanços de filiais ou organizações próximas ao Estado Islâmico em todo o Oriente Médio e no norte da África. Segundo o relatório, o grupo ainda mantinha braços ativos em 2018 em países como Líbia, Marrocos, Arábia Saudita, Egito, Tunísia e Iêmen.

O relatório foi divulgado depois da morte do líder do Estado Islâmico, Abu Bakr al Baghdadi, em uma operação das forças especiais dos EUA no nordeste da Síria.


Ontem, em um áudio divulgado nas redes sociais, o novo porta-voz do grupo terrorista informou que o conselho do Estado Islâmico escolheu Abu Ibrahim al Hashimi al Qurashi como sucessor.

O presidente dos EUA, Donald Trump, reagiu à notícia no Twitter. "O Estado Islâmico tem um novo líder. Sabemos exatamente quem é", escreveu.

O coordenador da Luta Antiterrorista do Departamento de Estado, Nathan Sales, foi bem mais cauteloso que Trump em entrevista coletiva concedida para explicar os resultados do relatório.

"Estamos investigando de onde veio o novo líder. Desmantelaremos o grupo seja qual for sua liderança", ressaltou Sales.

O relatório também lamenta que o Paquistão não tenha restringindo as ações dos talibãs no Afeganistão e a capacidade da Rede Haqqani de atuar no território do país.

A lista de países patrocinadores do terrorismo do relatório não teve mudanças neste ano. Ela segue composta por Irã, Coreia do Norte, Síria e Sudão.

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