Internacional EUA ampliam sanções contra Cuba por repressão de protestos

EUA ampliam sanções contra Cuba por repressão de protestos

Governo cubano reprimiu de maneira violenta mobilizações populares que aconteceram em toda a ilha em 11 de julho

Agência EFE
Sanções dos EUA são impostas a integrantes do Ministérios do Interior de Cuba e a uma unidade militar

Sanções dos EUA são impostas a integrantes do Ministérios do Interior de Cuba e a uma unidade militar

EFE/Sáshenka Gutiérrez

Os Estados Unidos impuseram sanções nesta sexta-feira (13) a dois integrantes do Ministério do Interior de Cuba e a uma unidade militar popularmente conhecida como "boinas vermelhas", pelo suposto papel na repressão dos protestos contra o governo no dia 11 de julho.

Esta é a terceira rodada de sanções impostas pelo Departamento do Tesouro americano como resposta às manifestações do mês passado, após as quais o governo do presidente Joe Biden endureceu sua política em relação a Cuba.

"Continuaremos sancionando aqueles que facilitem que o governo cubano perpetue abusos de direitos humanos contra manifestantes pacíficos", declarou Andrea Gacki, diretora do Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC, na sigla em inglês), em comunicado.

O Tesouro sancionou o chefe da direção política da Polícia Nacional Revolucionária de Cuba (PNR), Pedro Orlando Martínez Fernández, e Romarico Vidal Sotomayor García, que ocupa o mesmo cargo no Ministério do Interior, ao qual a PNR se reporta.

Além disso, impôs restrições às Tropas de Prevenção, ou "boinas vermelhas", uma unidade das Forças Armadas Revolucionárias de Cuba que, segundo o Tesouro, foi mobilizada em resposta a protestos e "em um caso se envolveu em uma luta violenta com um manifestante".

O Departamento do Tesouro acusa Sotomayor e Martínez de terem mobilizado a PNR e outras unidades que dependem de seus cargos, como a brigada nacional especial do Ministério do Interior, popularmente conhecida como "boinas negras", que "atacaram e detiveram violentamente os manifestantes" em Cuba.

No mês passado, o Tesouro sancionou os "boinas negras" e o ministro das Forças Armadas Revolucionárias de Cuba (FAR), Álvaro López-Miera. Há quinze dias, a pasta fez o mesmo com a PNR, o seu diretor, Óscar Callejas Valcarce, e o seu diretor adjunto, Eddy Sierra Arias.

Assim como as anteriores, as novas sanções bloqueiam quaisquer bens que Martínez, Sotomayor ou membros dos "boinas vermelhas" possam ter sob jurisdição dos EUA e proíbem pessoas que estão nos Estados Unidos de negociarem com eles.

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