Prisão americana em Cuba ainda tem 39 pessoas detidas
Sylvie LANTEAUME/AFPOs Estados Unidos aprovaram a libertação de cinco pessoas detidas na prisão militar de Guantánamo, onde ainda estão presos 39 suspeitos de serem cúmplices de grupos terroristas como a Al Qaeda, segundo documentos oficiais do Pentágono divulgados nesta semana.
Os iemenitas Mouaz Hamza al-Alaoui, Souheil al-Charabi e Omar al-Rammah, o somali Guled Hassan Duran e o queniano Mohammed Abdul Malik Bajabu receberam permissão de soltura no fim de 2021, de acordo com os registros publicados pela Comissão de Revisão de Guantánamo.
A autorização eleva para 18 o número de detentos que poderão deixar a prisão se os Estados Unidos encontrarem um destino para eles. Poderá haver atraso na libertação, uma vez que Washington não repatria ex-prisioneiros para o Iêmen, país que vive uma violenta guerra civil, nem para a Somália, outra nação em crise.
Especialistas independentes que trabalham para as Nações Unidas instaram os Estados Unidos a fechar sua prisão militar em Guantánamo, um local de "incessantes violações dos direitos humanos".
O centro de detenção, inaugurado como parte da "guerra ao terror" há apenas 20 anos, após os ataques jihadistas do 11 de Setembro, ainda abriga 39 prisioneiros.
Dez deles, incluindo o suposto mentor dos ataques do 11 de Setembro, Khalid Sheikh Mohammed, estão à espera de julgamento por uma comissão militar que emitiu apenas duas condenações em duas décadas.
Dois foram condenados e outros nove aguardam sua libertação. O porta-voz do Pentágono, John Kirby, disse que o governo dos Estados Unidos "continua comprometido com o fechamento da prisão da baía de Guantánamo".