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EUA cancelam diálogo com talibãs em Doha após fechamento de escolas para jovens afegãs

Grupo extremista proibiu meninas e mulheres do país de retornar às aulas no ensino médio 

Internacional|Do R7

Talibã proibiu as meninas afegãs de estudar nas escolas de ensino médio do país
Talibã proibiu as meninas afegãs de estudar nas escolas de ensino médio do país

Os Estados Unidos cancelaram as discussões planejadas em Doha com o Talibã depois que os líderes islâmicos radicais do Afeganistão fecharam as escolas de ensino médio para mulheres, disseram autoridades americanas.

"Na terça-feira (22) nos unimos a milhões de famílias afegãs para expressar a nossa profunda decepção com a decisão dos talibãs de não permitir que mulheres e meninas retornem às escolas de ensino médio", disse um porta-voz do Departamento de Estado.

"Cancelamos alguns dos nossos compromissos, incluindo reuniões planejadas em Doha em meio ao Fórum de Doha e deixamos claro que vemos essa decisão como um potencial ponto de virada em nosso compromisso", acrescentou.

Os talibãs, que tomaram o poder em agosto e buscam um reconhecimento internacional, fecharam as escolas de meninas nesta semana, poucas horas depois de reabri-las após terem ficado sete meses fechadas.


"Esta decisão, se não for revertida rapidamente, prejudicará profundamente o povo afegão, as perspectivas de crescimento econômico do país e a ambição dos talibãs de melhorar suas relações com a comunidade internacional", disse o porta-voz.

"Apoiamos as meninas afegãs e suas famílias, que veem a educação como um caminho para desenvolver todo o potencial da sociedade e da economia do Afeganistão", continuou.


Em uma declaração conjunta na quinta-feira, os ministros das Relações Exteriores do Reino Unido, Canadá, França, Itália, Noruega e Estados Unidos, além do alto representante da União Europeia, disseram que a decisão dos talibãs afetará suas aspirações de reconhecimento.

A decisão de manter as escolas fechadas para as meninas foi tomada depois de uma reunião, na terça-feira à noite, de altos funcionários na cidade de Kandahar, no sul, que é centro de poder de fato do movimento.

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