EUA: Capitólio retira cerca de proteção após 6 meses da invasão
Barreira de 2,40 metros de altura restringia a passagem de veículos e de pedestres desde 6 de janeiro deste ano
Internacional|Do R7
A última seção da cerca metálica colocada em torno do Capitólio dos Estados Unidos - a sede do Congresso do país - começou a ser retirada nesta sexta-feira (9), seis meses depois da invasão que teve saldo de cinco mortos e testou a democracia da maior potência do mundo.
Em meio a grande expectativa e diante de várias câmeras, hoje um integrante da Polícia do Capitólio retirou de uma das cercas uma placa que advertia que se tratava de uma área fechada e que a decisão de isolar o local era do Conselho de Administração da Polícia do Capitólio.
Apesar dessa ação, durante horas a cerca permaneceu no lugar. Por volta das 15h (horário local; 16h de Brasília), vários trabalhadores começaram a desmontagem. De forma discreta, foi dado início ao processo de remoção da cerca de metal de cor preta e de 2m40 de altura que restringiu a passagem de veículos e pedestres desde que as autoridades decidiram aumentar a segurança na sede do Congresso após a invasão de 6 de janeiro.
A Polícia do Capitólio não quis dar detalhes sobre o cronograma para a remoção da cerca ou as medidas de segurança que serão tomadas. Nesta semana, porém, William Walker, sargento de armas da Câmara dos Representantes dos EUA, informou os membros do Congresso sobre a remoção da proteção em uma carta.
Na mensagem, à qual a Agência Efe teve acesso, Walker disse que a retirada começaria nesta sexta-feira, o mais cedo possível, e que o processo seria concluído em aproximadamente três dias, se as condições climáticas permitissem.
A Polícia do Capitólio decidiu retirar a cerca após concluir que há segurança para isso, mas Walker advertiu que ela pode ser reinstalada rapidamente se a situação mudar.
Apesar da remoção da cerca, o acesso ao Capitólio para turistas ainda é proibido devido a medidas de combate à covid-19. Atualmente, vários guardas vigiam a entrada do espaço e pedem àqueles que desejam entrar para mostrar provas de que são jornalistas, legisladores ou outras pessoas que trabalham no Congresso.
Em 6 de janeiro, centenas de apoiadores do então presidente Donald Trump invadiram a sede do Congresso para impedir a ratificação da vitória do democrata Joe Biden nas eleições de novembro de 2020. Na época, o político republicano alegou, sem provas, que houve fraude no pleito, em que tentava a reeleição.
Cinco pessoas foram mortas, incluindo um membro da Polícia do Capitólio. Poucos dias após o ataque, outros dois oficiais cometeram suicídio. Cerca de 140 agentes foram atacados por apoiadores de Trump, que estavam armados com machados, bastões, tacos de hóquei e outras armas, de acordo com as autoridades. Até o momento, mais de 530 pessoas foram indiciadas por acusações relacionadas ao ataque.
EUA distribuem brindes inusitados para estimular vacinação