EUA capturam maior grupo de imigrantes ilegais na fronteira
Grupo formado por 1.036 pessoas vindas da América Central foi preso ao tentar atravessar a fronteira com o México na região de El Paso, no Texas
Internacional|Da EFE
A Patrulha Fronteiriça dos Estados Unidos (CBP) capturou na quarta-feira (29) 1.036 pessoas perto da cidade de El Paso, no Texas, na fronteira com o México, o que representa o maior grupo de imigrantes ilegais detidos enquanto tentavam atravessar a barreira.
O presidente americano, Donald Trump, confirmou o número recorde nesta quinta-feira no Twitter e aproveitou para alfinetar seus opositores: "Os democratas precisam permanecer junto com nossa incrível Patrulha Fronteiriça e finalmente consertar as brechas na nossa fronteira".
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Junto com a mensagem, Trump postou um vídeo gravado por uma câmera de segurança no qual supostamente se vê um grupo de pessoas cruzando a fronteira por uma fenda na cerca que separa o México dos EUA. (veja o vídeo abaixo)
Segundo a rede de televisão "NBC", que citou funcionários e um documento oficial, pelo menos 934 desses imigrantes estavam com familiares, 63 eram menores não acompanhados e 39 eram adultos que estavam sozinhos ou não identificados.
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Todos, segundo a emissora, procediam de países da América Central, como Guatemala (país de origem de 515 deles) Honduras (135) e El Salvador (76).
Os últimos meses foram marcados pelo aumento do fluxo de imigrantes, na sua maioria famílias e menores não acompanhados procedentes da América Central, que chegam à fronteira dos Estados Unidos com o México.
As autoridades detiveram 98.977 migrantes imigrantes ilegais na fronteira com o México em abril, o maior número dos últimos seis meses, dos quais 8.897 eram menores não acompanhados, segundo a CBP informou no início de maio.
Com essas últimas já chega a 460.294 o número de detenções de migrantes na fronteira desde o início do ano fiscal 2019, que começou em outubro do ano passado.
Há uma semana, os EUA revelaram a morte em setembro do ano passado de uma imigrante salvadorenha de 10 anos enquanto estava em um centro de detenção, o que representa o sexto caso de um menor de idade que morre sob custódia do governo americano nos últimos meses.