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EUA enviam 25 milhões de doses de vacinas anticovid para a África

Dentro de algumas semanas, 49 países africanos receberão imunizantes da Johnson & Johnson, da Moderna ou da Pfizer

Internacional|Do R7

Continente tem como meta vacinar 60% de sua população
Continente tem como meta vacinar 60% de sua população

Os Estados Unidos anunciaram nesta sexta-feira (16) o envio de 25 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 para a África, começando por Burkina Faso, Djibuti e Etiópia.

Os embarques para esses três países ocorrerão em poucos dias e, ao todo, 49 nações africanas receberão vacinas da Johnson & Johnson, da Moderna ou da Pfizer, nas próximas semanas, afirmaram autoridades à AFP.

Djibuti e Burkina Faso receberão 151.200 doses da J&J, enquanto a Etiópia receberá 453.600, disse um funcionário de alto escalão do governo de Joe Biden.

As remessas são coordenadas com agências e mecanismos multilaterais, como a União Africana (UA) e o Covax, o sistema de distribuição da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da aliança de vacinas Gavi.


Na África, as mortes relacionadas com a covid-19 aumentaram 43% em uma semana, impulsionadas pela falta de leitos de terapia intensiva e de oxigênio, alertou a OMS na quinta-feira (15).

"Em parceria com a União Africana e com o Covax, os Estados Unidos têm o orgulho de doar 25 milhões de vacinas contra a covid-19", disse coordenadora do Departamento de Estado para Covid-19 e Saúde Global, Gayle Smith. "O governo Biden está empenhado em liderar a resposta global à pandemia", acrescentou.


Strive Masiyiwa, representante da União Africana, considerou que os envios ajudarão a fazer avançar a meta de vacinar 60% da população do continente, "especialmente neste momento em que estamos testemunhando uma terceira onda em vários países".

O presidente da Afreximbank, Benedict Oramah, que ajuda a coordenar a ajuda, afirmou que as doações dos Estados Unidos são "um gesto significativo e bem-vindo".


Existem enormes disparidades na distribuição de vacinas anticovid-19 no mundo: enquanto as regiões mais pobres recebem poucas doses, os países ricos implementam programas nacionais de inoculação em larga escala.

Isso levou à chamada Diplomacia da Vacina, na qual potências como China e Rússia são acusadas de usar os imunizantes como um instrumento para se posicionarem geopoliticamente.

Os Estados Unidos negam estarem competindo com potências rivais, mas Biden vem buscando se colocar no centro dos esforços internacionais para acabar com esta crise sanitária mundial, prometendo uma doação inicial de 80 milhões de doses de vacinas para distribuição internacional.

Ele também se comprometeu a doar US$ 2 bilhões (cerca de R$ 10 bilhões) para o sistema Covax, ao anunciar a compra de 500 milhões de doses da Pfizer/BioNTech para a União Africana e para 92 países pobres.

Na última cúpula do G7, realizada no Reino Unido, os parceiros de Washington concordaram em doar mais 500 milhões de vacinas.

A Casa Branca disse que, até agora, distribuiu cerca de 40 milhões de doses para países que vão da Coreia do Sul a Honduras.

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