EUA enviam mais equipamentos médicos para ajudar venezuelanos
Aparelhos foram levados para hospitais e clínicas de Cúcuta, cidade colombiana na fronteira com a Venezuela, que recebe milhares de refugiados
Internacional|Da EFE
O governo dos Estados Unidos enviou nesta quinta-feira (7) à cidade de Cúcuta, na fronteira da Colômbia e da Venezuela, mais equipamentos médicos para ajudar os hospitais e clínicas que recebem milhares de refugiados venezuelanos.
A ajuda partiu do estado da Flórida, transportada por aviões militares de transporte pesado. A aeronave utilizada era do modelo Boeing C-17 Globemaster III, desenvolvido entre o fim da década de 1980 e início dos anos 1990 pela Força Aérea dos EUA.
Em comunicado, a Agência Americana para o Desenvolvimento Internacional (Usaid) explicou que os aviões estão carregando luvas, máscaras, jalecos e artigos de limpeza, que serão destinados a ajudar aos hospitais colombianos a prevenir infecções.
O diretor da Usaid, Mark Green, disse em uma audiência no Comitê do Senado que o colapso do sistema de saúde da Venezuela provocou vários surtos de doenças no país, que estão se espalhando na região.
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A Cruz Vermelha fez um alerta sobre as preocupantes condições de saúde que os venezuelanos apresentam ao chegarem à Colômbia. Além disso, a organização detectou doenças transmissíveis, como difteria e sarampo, que deveriam ser evitadas se as crianças estivessem sendo devidamente vacinadas do outro lado da fronteira.
A crise venezuelana ganhou um novo capítulo de instabilidade política no dia 10 de janeiro, quando Nicolás Maduro tomou posse para seu segundo mandato como presidente do país. No entanto, a comunidade internacional não reconhece as eleições vencidas por ele.
Treze dias depois, Juan Guaidó, chefe da Assembleia Nacional da Venezuela, se autoproclamou presidente interino do país, ganhando rápido apoio de diferentes países da região, entre eles os EUA.
Desde o reconhecimento de Guiadó como presidente interino, os EUA doaram US$ 76 milhões em equipamentos médicos, remédios e alimentos para a população venezuelana.
No último dia 23 de fevereiro, a oposição, apoiada por centenas de voluntários civis, tentou levar os mantimentos que foram armazenados no Brasil e na Colômbia ao país. Maduro, porém, fechou as fronteiras e reprimiu a ação dos críticos do chavismo com violência, gerando confrontos que deixaram vários feridos.