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EUA esperam para esta segunda (13) 1ª execução federal em 17 anos

Daniel Lewis Lee matou três de uma família em 1996, no Arkansas; retomada da aplicação da pena de morte por crimes federais foi dada há um ano

Internacional|Do R7

Lee será executado na tarde desta segunda-feira (13) por assassinato
Lee será executado na tarde desta segunda-feira (13) por assassinato

O Tribunal de Apelações dos Estados Unidos para o Sétimo Distrito emitiu uma decisão que irá permitir a primeira execução por crime federal no país depois de 17 anos. A aplicação da pena está marcada para esta segunda-feira (13), às 16h (17h no horário de Brasília) em Indiana.

A retomada das execuções por crimes federais foi autorizada há um ano pelo procurador-geral americano, William Barr. Elas estavam suspensas pelo Departamento de Justiça e, nas últimas duas décadas, apenas estados com previsão de pena de morte em suas constituições estavam levando adiante as execuções.

O caso que marca a retomada das execuções federais é o de Daniel Lewis Lee, que já se autoproclamou supremacista branco, torturou e matou três membros de uma família em 1996, no Arkansas. Após o assassinato, William Frederick Mueller, sua esposa Nancy Ann Mueller e sua enteada de 8 anos, Sarah Elizabeth Powell foram jogados em um lago.

O crime ocorreu após seu cúmplice, Chevie Kehoe, assaltar a casa da família, em 1995.


Em 4 de maio de 1999, um júri no Tribunal Distrital dos EUA no Distrito Leste do Arkansas considerou Lee considerado culpado e condenado à pena de morte. Lee será o primeiro prisioneiro a morrer sob esta pena desde 2003. 

O último preso executado foi Louis Jones Jr, um veterano que assassinou o soldado Tracie Joy McBride.


Ação da família das vítimas

Os familiares das vítimas entraram com uma ação pedindo o atraso do cumprimento da pena de Lee, afirmando que seria arriscado irem ao local para testemunhar sua execução, devido a pandemia da covid-19.

O Tribunal de Apelações dos EUA para o Sétimo Distrito pemite que a execução seja realizada na tarde desta segunta e pondera que não há lei que permita o direito das vítimas em participar. A família irá recorrer da decisão. 


Entretanto, Earlene Peterson - cuja filha, neta e genro foram torturados e mortos - se opõe à execução de Lee e disse que sua filha Nancy Ann Mueller não gostaria que uma morte fosse decretada em seu nome.

Em entrevista à CNN, Peterson gostaria que o assassino de sua família recebesse uma pena de prisão perpétua, a mesma que seu cúmplice Chevie Kehoe.

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