EUA estendem programa migratório para venezuelanos
Projeto impede deportação e dá permissão de trabalho para estrangeiros que não podem voltar de forma segura a seus países
Internacional|Do R7
O governo do presidente americano, Joe Biden, prorrogou por 18 meses o acesso de venezuelanos ao programa migratório conhecido como TPS, que concede permissões de residência e trabalho nos EUA, informou nesta segunda-feira (11) o secretário de Segurança Nacional, Alejandro Mayorkas.
A extensão de 18 meses do TPS (Status de Proteção Temporária, em português) para a Venezuela entrará em vigor em 10 de setembro de 2022 e valerá para os beneficiários atuais e quem já mora nos Estados Unidos desde pelo menos 8 de março de 2021, segundo um comunicado.
“Estima-se que aproximadamente 343 mil pessoas sejam elegíveis ao TPS sob a designação existente”, disse Mayorkas.
O TPS, estabelecido pelo Congresso, é um programa temporário e renovável que impede a deportação e dá acesso a uma permissão de trabalho para cidadãos estrangeiros que não podem voltar de forma segura a seus países, seja por desastres naturais, conflitos armados ou outras condições extraordinárias.
Os Estados Unidos consideram como presidente legítimo da Venezuela o líder opositor Juan Guaidó desde que Nicolás Maduro assumiu um segundo mandato em 2019 após eleições consideradas fraudulentas por vários países.
“Depois de uma cuidadosa consideração e de consultas com o secretário de Estado [Antony Blinken], hoje estendo a designação” da Venezuela para o TPS, afirmou Mayorkas, citado na nota.
“Continuaremos trabalhando com nossos parceiros internacionais para abordar os desafios da migração regional enquanto garantimos que nossas fronteiras permaneçam seguras", acrescentou.
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A agência da ONU para refugiados calcula que mais de 6 milhões de venezuelanos já abandonaram o país, assolado por uma profunda crise econômica e política.
O governo estava sofrendo pressões dentro de suas próprias filas para prorrogar o TPS para os cidadãos venezuelanos.
Em uma carta, mais de 20 senadores democratas defenderam na semana passada a medida, justificada pelos “crimes contra a humanidade do regime de Nicolás Maduro, o aumento da violência armada na Venezuela, as crescentes necessidades humanitárias e a crise de deslocamento sem precedentes”.