EUA lançam "maior bomba não-nuclear" no Afeganistão, diz Pentágono
Explosivo é conhecido como a "mãe de todas as bombas"
Internacional|Do R7, com agências internacionais

Os Estados Unidos lançaram sua maior bomba não-nuclear na Província de Nangarhar, no leste do Afeganistão e a cerca de 200 km da capital, Cabul, para atingir alvos do grupo jihadista EI (Estado Islâmico).
Segundo informações da rede CNN, a bomba GBU-43 ou Moab (Massive Ordnance Air Blast), também conhecida como "a mãe de todas as bombas", pesa quase 10 toneladas e pode destruir tudo em um raio de centenas de metros.

De acordo com o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, o objetivo era atingir túneis e grutas usados pelos membros do EI.
— Foram tomadas todas as precauções para evitar vítimas civis e danos colaterais.
Ainda não houve relatos de vítimas ou dos danos causados pelo ataque.
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Essa foi a primeira vez que uma bomba desse tipo foi usada em combate. Ela foi lançada de uma aeronave MC-130, segundo o porta-voz do Pentágono Adam Stump.
A bomba integra o arsenal norte-americano desde 2003, durante a Guerra do Iraque, mas até hoje só havia sido usada em testes.
"Essa é a munição adequada para reduzir esses obstáculos [túneis] e manter o ímpeto de nossa ofensiva contra o EI", disse o general John W. Nicholson, comandante das forças dos EUA no Afeganistão.
A Província de Nangarhar concentra a atuação de militantes do EI no país asiático. Há pelo menos dois anos a milícia tenta instalar uma base nessa zona oriental do Afeganistão e nesse período realizou diversos atentados, inclusive um que matou cinco pessoas em frente ao Ministério da Defesa, em Cabul.
Em declarações na Casa Branca, o presidente Donald Trump disse estar "muito orgulhoso do Exército do país", e informou que deu total autorização para que o Pentágono prosseguisse com a operação.
A bomba foi lançada por volta de 7h30 no horário do Afeganistão (3h30 no horário de Brasília). A MOAB GBU-43 nunca havia sido utilizada, mas foi desenvolvida em 2003 na época da guerra do Iraque.
O general John Nicholson informou que, à medida em que o Estado Islâmico vai sendo enfraquecido, o grupo tem usado bombas de fabricação caseira, muitas delas armazenadas nestas estruturas que o Pentágono atingiu com o ataque de hoje.
Esta é a segunda ação militar unilateral dos Estados Unidos em uma semana. Na sexta-feira passada (7), o governo atacou uma base na Síria, em reação ao ataque com armas químicas que provocou a morte de mais de 80 pessoas naquele país.
