EUA negarão entrada de alunos estrangeiros para cursos online
Na primeira semana de julho, o governo Trump anunciou que não concederia ou ampliaria vistos a estudantes estrangeiros de cursos 100% online
Internacional|Da EFE
Menos de duas semana depois de o governo Donald Trump voltar atrás na proibição de que estudantes estrangeiros matriculados em universidades que oferecem todas as aulas online entrassem nos Estados Unidos em meio à pandemia do novo coronavírus, a medida passou a valer para novos alunos.
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"Estudantes, não-imigrantes, cuja matrícula seja nova ou iniciada após 9 de março, não poderão entrar nos Estados Unidos para se inscrever em uma instituição educacional para o outono (no hemisfério norte, primavera no sul) em um curso completo de estudo que seja ministrado 100% online", anunciou o ICE (serviço de imigração e aduanas) do país.
De acordo com a instituição, as universidades e escolas não poderão emitir certificados de elegibilidade para o status de não-imigrante para alunos novos ou em estágio inicial que estão "fora dos Estados Unidos e planejam ter aulas inteiramente online".
Na primeira semana de julho, o governo Trump anunciou que não concederia ou ampliaria vistos a estudantes estrangeiros que se registrassem para fazer todos os cursos online, uma decisão que afetou as instituições de ensino superior em todo o país.
A Universidade de Harvard e o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) iniciaram imediatamente medidas jurídicas contra a medida, e logo se uniram a elas na iniciativa a Universidade John Hopkins, empresas como o Google e estados como Nova York.
Sob esta pressão, em 14 de julho, o governo concordou em rescindir a suspensão do visto para estudantes estrangeiros.
Em uma audiência realizada em Boston para discutir a ação judicial apresentada pela Universidade de Harvard e pelo MIT para anular a medida, a juíza federal Allison Burroughs leu um acordo entre o governo federal e as instituições acadêmicas.
A audiência tinha sido marcada para durar 90 minutos, na expectativa de uma defesa acalorada das posições de ambos os lados, mas em menos de dois minutos o governo concordou em retirar a regra.
A resolução deste caso significava que o ICE voltaria às suas diretrizes de março, que permitem aos estudantes estrangeiros permanecerem nos EUA mesmo que sua universidade opte por dar aulas exclusivamente online durante a pandemia da covid-19.