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EUA pedem reunião do Conselho de Segurança sobre Venezuela

A convocação dos EUA acontece um dia depois que o líder do parlamento da Venezuela, Juan Guaidó, se autoproclamou presidente em exercício do país

Internacional|Do R7

Trump reconheceu Guaidó como presidente interino
Trump reconheceu Guaidó como presidente interino

Os Estados Unidos solicitaram uma reunião do Conselho de Segurança no próximo sábado para discutir "a crise atual na Venezuela", informou nesta quinta-feira a missão americana na ONU em uma breve mensagem na sua conta do Twitter.

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A convocação dos EUA acontece um dia depois que o líder do parlamento da Venezuela, Juan Guaidó, se autoproclamou presidente em exercício do país.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira que reconhecia Guaidó como presidente legítimo "interino" do país sul-americano.

A reunião deve ser convocada oficialmente pelo presidente temporário do Conselho de Segurança, o dominicano Francisco A. Cortorreal, em processo considerado um mero trâmite.


A autoproclamação de Guaidó gerou divisão na comunidade internacional, entre os que o apoiam e os quem reconhecem Nicolás Maduro como presidente. Além disso, um terceiro grupo solicitou a realização de eleições transparentes.

Junto aos EUA, os governos de Brasil, Canadá, Argentina, Paraguai, Colômbia, Peru, Costa Rica, Chile, Honduras e Guatemala, entre outros, demonstraram apoio ao presidente da Assembleia Nacional presidida por Guaidó.


Rússia e China, membros permanentes do Conselho de Segurança e com direito a veto, expressaram apoio ao governo de Maduro e criticaram a "intromissão" dos Estados Unidos nos assuntos internos da Venezuela.

México, Cuba, Bolívia, Nicarágua, Turquia e Irã também se inclinaram a favor do mandato de Maduro nesta queda de braço pelo poder na Venezuela.


A União Europeia pediu a convocação imediata de eleições críveis na Venezuela. A França, outro dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança e com direito a veto, também apostou na restauração "da democracia" após "a eleição ilegítima de Maduro em maio de 2018".

Nesta manhã, o secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu uma investigação "transparente e independente" sobre os incidentes ocorridos na Venezuela, principalmente em relação às vítimas causadas pelos confrontos.

Em declaração durante a participação no Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça, Guterres pediu a "diminuição das tensões", de modo que seja feito todo o possível para prevenir a violência.

Guterres também pediu para que todas as partes envolvidas se comprometam com um diálogo político que seja "inclusivo e crível". O objetivo é que se aborde a longa crise do país com respeito ao Estado de direito e aos direitos humanos.

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