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EUA pretende receber 15 mil refugiados a menos em 2019

O limite máximo estabelecido para 2018 é de 45 mil, número baixou para 30 mil no ano que vem; decisão foi promessa de campanha de Donald Trump

Internacional|Gabriela Lisbôa, do R7, com Reuters

Imigrantes juram fidelidade aos Estados Unidos em Nova York
Imigrantes juram fidelidade aos Estados Unidos em Nova York

Grupos humanitários internacionais denunciaram a decisão dos Estados Unidos de limitar o número de refugiados autorizados a entrar no país em 30 mil para todo o ano de 2019, número menor do que os 45 mil previstos para 2018.

O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, anunciou a decisão nesta segunda-feira (17).

O teto de refugiados de 45 mil no ano passado já tinha sido o mais baixo desde 1980, quando o programa moderno de refugiados foi estabelecido. Apesar do teto, os Estados Unidos devem admitir apenas 22 mil refugiados até o fim do ano, cerca de metade do máximo permitido.

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"É uma decisão horrível, horrível para os milhões de refugiados que esperam vir para os Estados Unidos", disse Hans Van de Weerd, vice-presidente de Programas dos EUA no Comitê Internacional de Resgate.

Em entrevista à Reuters na terça-feira (18), Van de Weerd disse que "os Estados Unidos sempre tiveram um papel de liderança global e, como define a tendência de reassentamento para assistência no exterior, muitos países podem seguir esta decisão. E isso já está sendo feito. Isso acontece quando os Estados Unidos dão um mau exemplo. Assim, os países da região estão basicamente dizendo ‘bem, por que teríamos que intensificar nossos esforços se você não vai".


Durante a campanha de 2016, Donald Trump prometeu fortes restrições à imigração. Sua administração reduziu drasticamente as admissões de refugiados por meio de ordens executivas e decisões a portas fechadas nos últimos 18 meses.

Além das admissões muito mais baixas, o tipo de refugiado admitido mudou com o início da era Trump, segundo análise de dados do governo feita pela Reuters. A porcentagem de muçulmanos é agora um terço do que era há dois anos, enquanto a porcentagem de europeus triplicou.


A mudança levou a desequilíbrios. Os refugiados admitidos nos Estados Unidos a partir do pequeno país europeu da Moldávia, por exemplo, agora superam os da Síria por três para um, embora o número de refugiados sírios em todo o mundo supere a população total da Moldávia.

"Você realmente se pergunta quais são as verdadeiras intenções da política. E há apenas uma conclusão. Não queremos pessoas de outros países, em particular quando são muçulmanas ou quando não têm a nossa cor, nós não queremos."Nós não queremos que eles venham para o nosso país. E isso é o mais triste. Nunca foi dito nestes termos, mas você basicamente não pode chegar a outra conclusão", acrescentou Van de Weerd.

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