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EUA reabrem fronteiras após 20 meses de restrições nesta segunda (8) 

Além da exigência de certificado de vacinação e teste negativo para Covid, haverá rastreamento de contatos

Internacional|Do R7

Aeroporto de Chicago, nos EUA, vazio durante período de confinamento
Aeroporto de Chicago, nos EUA, vazio durante período de confinamento

Os Estados Unidos se preparam para reabrir suas fronteiras terrestres e aéreas aos viajantes vacinados contra a Covid-19 nesta segunda-feira (8), encerrando 20 meses de severas restrições criticadas pela Europa e pelos vizinhos México e Canadá.

Famílias separadas, relações comerciais interrompidas, ambições de carreira frustradas: a "proibição de viagens" imposta no início de 2020 pelo então presidente Donald Trump, e mais tarde confirmada por seu sucessor, Joe Biden, agravou as turbulências provocadas pela pandemia.

Na intenção de evitar o contato de americanos com cidadãos dos países mais atingidos pela Covid-19, Trump impôs restrições às viagens da China já em fevereiro de 2020.

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Depois, no dia 13 de março, estendeu as restrições aos países da Europa pertencentes ao Espaço Schengen.


Reino Unido e Irlanda entraram na lista de restrições alguns dias depois, quando as fronteiras terrestres com o México e o Canadá já estavam praticamente fechadas.

Com todos esses países, a densidade das trocas humanas e econômicas é muito grande.


"Foi muito difícil. Só quero ver meu filho", disse à AFP Alison Henry, uma britânica de 63 anos que viajará nesta segunda (8) para encontrar seu filho em Nova York, após 20 meses de separação.

Desde o verão passado era possível viajar dos Estados Unidos para a Europa, mas os estrangeiros que haviam se estabelecido nos Estados Unidos e possuíam certos vistos não tinham garantia de poder voltar para casa.


Para atender ao previsível aumento da demanda, as companhias aéreas aumentaram o número de voos transatlânticos e o tamanho dos aviões.

O levantamento das restrições também representa um respiro para o setor de aviação, em crise por causa da pandemia.

Também ao longo da imensa fronteira mexicana, inúmeras cidades americanas, no Texas ou na Califórnia, sofreram um forte choque econômico e aguardam ansiosamente o retorno à normalidade.

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Os ricos aposentados canadenses, por exemplo, podem agora, sem medo, na época da primeira geada, iniciar sua jornada anual de carro para a Flórida e suas delícias climáticas.

Vacinação e testes

Mais de 30 países serão incluídos no levantamento dessa "proibição de viagens".

Para os viajantes que chegarem de avião, os Estados Unidos vão solicitar, a partir de segunda-feira, além do certificado de vacinação e do teste negativo para Covid, feito três dias antes da partida, o estabelecimento pelas companhias aéreas de um sistema de rastreamento de contatos.

Para a rota terrestre, as restrições serão suspensas em duas etapas.

A partir de segunda-feira, as pessoas que chegarem ao país por motivos considerados não essenciais, como família ou turismo, poderão cruzar a fronteira do Canadá ou do México desde que estejam vacinadas.

Os viajantes que o fizerem por motivos imperiosos – por exemplo, os motoristas de caminhão – estarão liberados de cumprir esse requisito.

Mas a partir de janeiro a obrigação de vacinação se aplicará a todos que cruzarem as fronteiras terrestres, independentemente do motivo da viagem.

As autoridades de saúde dos EUA também afirmaram que todas as vacinas aprovadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) serão aceitas.

Por outro lado, a OMS está mais uma vez alarmada com a taxa de transmissão "muito preocupante" da Covid-19 na Europa, que pode causar mais meio milhão de mortes no continente até fevereiro.

Essa quarta onda atinge principalmente a Alemanha, país com o qual o governo Biden é especialmente cuidadoso em suas negociações.

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