EUA retomarão pena de morte após duas décadas de suspensão
O procurador-geral americano, William Barr, afirmou que a decisão tem como objetivo 'fazer justiça às vítimas dos crimes mais horríveis'
Internacional|Da EFE
O governo dos Estados Unidos anunciou nesta quinta-feira (25) sua intenção de retomar a pena de morte após duas décadas de suspensão, com o objetivo de "fazer justiça às vítimas dos crimes mais horríveis", segundo disse em nota de imprensa o procurador-geral americano, William Barr.
"O Departamento de Justiça respalda o Estado de direito e devemos às vítimas e às suas famílias levar adiante a sentença imposta pelo nosso sistema de justiça", afirmou Barr.
O procurador transmitiu sua decisão ao FBI e pediu ao diretor interino, Hugh Hurwitz, que programe as execuções de cinco presos que foram condenadas à morte por assassinato, por crimes de tortura e estupro contra crianças e idosos, detalhou a nota.
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As execuções, que não são praticadas em nível federal desde 2003, serão realizadas em dezembro deste ano e em janeiro de 2020, segundo o anúncio.
Barr ressaltou que "sob Governos de ambos os partidos, o Departamento de Justiça buscou a pena de morte para os piores criminosos, incluindo estes cinco assassinos, cada um dos quais foi condenado por um júri após um processo completo e justo".
O Supremo Tribunal restituiu a pena de morte em 1976 e isso permitiu aos Estados mais conservadores do sul dos EUA, como Alabama e Mississipi, implementar este castigo.
O Congresso dos EUA aprovou em 1988 uma lei que permitia executar a morte para algumas pessoas condenadas por crimes relacionados às drogas.
Em 20 de junho, foi aplicada a pena de morte no estado da Geórgia ao réu Marion Wilson pelo assassinato de um guarda de prisões em 1996, o que o transformou no executado de número 1.500 nos EUA desde que a pena de morte foi restituída há quatro décadas.