Logo R7.com
Logo do PlayPlus

EUA, UE e Rússia devem iniciar conversas sobre Ucrânia em janeiro

As partes deverão dar início a reuniões sobre garantias exigidas pelo governo russo que limitariam a Otan na região

Internacional|Do R7

O presidente russo Vladimir Putin pretende limitar a influência da Europa na região
O presidente russo Vladimir Putin pretende limitar a influência da Europa na região

O chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Antony Blinken, e seu homólogo europeu, Josep Borrell, disseram nesta quarta-feira (22) que qualquer negociação sobre segurança europeia com a Rússia deve ocorrer em coordenação com a União Europeia (UE).

"A UE colaborará com os Estados Unidos e a Otan para garantir que seus interesses sejam representados durante qualquer possível discussão com a Rússia sobre a segurança europeia", declarou Borrell em um comunicado.

"Hoje, a segurança na Europa está ameaçada", acrescentou, referindo-se à crescente tensão nas últimas semanas devido às repetidas queixas sobre a presença de tropas russas na fronteira com a Ucrânia.

Durante uma conversa telefônica subsequente, Blinken e Borrell "também sublinharam a importância de usar os canais diplomáticos e os fóruns internacionais e regionais necessários, como a OSCE (Organização para a Segurança e Cooperação na Europa) para resolver esses desafios."


Ambos os representantes diplomáticos "indicaram a necessidade de uma ação coordenada para apoiar a soberania e integridade territorial da Ucrânia, e reafirmar que qualquer agressão militar russa contra a Ucrânia teria graves consequências" para a Rússia, de acordo com um comunicado do porta-voz do Blinken, Ned Price.

Por sua vez, o chefe da diplomacia russa, Sergei Lavrov, anunciou que as primeiras negociações Rússia-Estados Unidos e Rússia-Otan sobre as garantias de segurança exigidas por Moscou durante a crise na Ucrânia seriam em janeiro.


Leia também

O Ocidente acusa Moscou de operações agressivas, uma vez que o exército russo enviou dezenas de milhares de soldados para sua fronteira com a Ucrânia, da qual a Rússia já anexou uma parte de seu território (Crimeia).

A Rússia apresentou dois projetos de tratado na semana passada, um com os Estados Unidos e outro com a Otan, nos quais resume suas exigências para uma redução das tensões.


Esses textos proíbem a expansão da Aliança Atlântica, integrando a Ucrânia em particular, e limitam a cooperação militar ocidental na Europa Oriental e países da ex-URSS, sem exigir medidas semelhantes da Rússia.

Rússia prevê negociações em janeiro

As primeiras negociações entre Rússia, Estados Unidos e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), sobre as garantias de segurança exigidas por Moscou relacionadas à crise na Ucrânia, ocorrerão em janeiro - afirmou o ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, nesta quarta-feira(22).

"Ficou acertado que, no início do ano que vem, haverá contatos bilaterais entre negociadores russos e americanos, em uma primeira rodada", disse Lavrov em entrevista à rede de televisão russa RT.

Segundo ele, os negociadores já foram escolhidos e aceitos por ambas as partes.

Lavrov também espera que, depois desta rodada, "também em janeiro", discussões com a Otan comecem imediatamente.

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.